Muitos são os portugueses que se dirigem à Galiza para trabalhar no setor da construção civil. No entanto, fazem-no em condições que acabam por defraudar as suas expetativas e até aquilo que lhes é prometido.
De acordo com o noticiado pelo jornal Galicia Press, há uma grande franja de portugueses a trabalharem na construção civil em Espanha em “condições precárias e com salários muito abaixo” daqueles que são pagos aos colegas espanhóis.
A Confederação Intersindical Galega (CIG) e a CGTP já se pronunciaram sobre esta questão, lançando, inclusive, um comunicado conjunto no qual alertam para as condições de trabalho dos portugueses em Espanha que “roçam a escravidão”, pois as empresas, principalmente as de Ourense e Pontevedra recrutam “mão de obra precária em Portugal para maximizar o lucro através da vulnerabilidade dos direitos sociais”.
Pese embora esta seja uma problemática que afeta, sobretudo, a construção civil, setores como o naval e o automóvel também vivem a braços com esta polémica.
Os sindicatos dizem ainda que é quase impossível quantificar o número de trabalhadores portugueses que estão nestas condições, pois na maioria das vezes não há contratos celebrados entre a entidade empregadora e os funcionários.