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Operação Marquês: José Sócrates pede abertura de instrução

A defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates entregou na quinta-feira o requerimento de abertura de instrução no processo Operação Marquês, revelou hoje o Ministério Público.

Operação Marquês: José Sócrates pede abertura de instrução
Notícias ao Minuto

14:40 - 07/09/18 por Lusa

País Ministério Público

Segundo informação do gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República, o requerimento de abertura de instrução de José Sócrates deu entrada na quinta-feira, por e-mail e fax.

Também na quinta-feira, mas até ao fecho da secretaria (16h00), tinham dado entrada no processo os requerimentos de abertura de instrução de José Paulo Pinto de Sousa (primo de José Sócrates), José Diogo Ferreira (ex-administrador do grupo Vale do Lobo), Carlos Santos Silva (empresário e amigo de longa data de Sócrates) e Pepelan (empresa de consultoria e gestão).

Contudo, até às 24h00 de quinta-feira (último dia do prazo com multa) podiam ainda dar entrada requerimentos via e-mail ou fax, podendo igualmente ser admitidos requerimentos expedidos por via postal em que se comprove a remessa dentro da data limite.

Na quarta-feira, ainda de acordo com o MP, deram entrada os pedidos de abertura de instrução do antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara e da ex-mulher de José Sócrates, Sofia Fava.

Antes disso, já tinham solicitado abertura de instrução Henrique Granadeiro e Zeinal Bava (ex-administradores da PT), Joaquim Barroca (administrador do grupo Lena), Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro, Gonçalo Ferreira e Bárbara Vara.

Também empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turístico de Luxo pediram abertura de instrução.

Helder Bataglia é empresário luso-angolano e antigo homem forte do Grupo ESCOM (ligado ao BES), enquanto Rui Mão de Ferro é economista, consultor e gestor de empresas, tendo administrado sociedades alegadamente pertencentes a Carlos Santos Silva, empresário e amigo de longa data de José Sócrates.

O arguido Gonçalo Ferreira é advogado e, como procurador, terá, segundo os autos, intermediado negócios imobiliários que envolveram a mãe de José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva.

A Operação Marquês tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro, que está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O inquérito da Operação Marquês culminou na acusação a 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos (GES) e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

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