O número de licenciados em Saúde, Engenharia ou Arquitectura que saíram do País triplicou desde 2010, escreve o DN desta segunda-feira.
De facto, as ordens profissionais registam um aumento do número de declarações, para poder exercer fora de Portugal. Em 2012, dos 44.000 médicos inscritos na Ordem, 1.500 saíram do País, situação mais significativa no caso dos enfermeiros, sendo que 4.800 dos 35.000 inscritos na ordem pediram para trabalhar no estrangeiro.
No caso dos engenheiros, dos 44.000 profissionais inscritos na Ordem, 1.123 pediram declarações àquele organismo para sair de Portugal, e o mesmo fizeram 783 dos 22.000 arquitectos inscritos na Ordem.
As razões que os levam a sair são várias, mas prendem-se, normalmente, com as melhores condições de vida e de trabalho, a maior progressão na carreira e ainda a vontade de explorar novos territórios.
Da lista dos principais países de destino figuram a Alemanha, por ser um país envelhecido, o Reino Unido, cujo Governo não investe neste tipo de qualificação por ficar muito caro e a Arábia Saudita, que pede enfermeiras para prestar cuidado a mulheres em hospitais femininos.
As ordens profissionais ouvidas pelo DN asseguram que esta realidade põe em perigo a sustentabilidade da economia, já que o Estado investe na formação destes quadros, que vão para outros países a custo zero, podendo não regressar.