Menos de meio ano após ter tomado posse, o Comandante Nacional da Proteção Civil, António Paixão, bate com a porta, segundo a RTP, em colisão com a estratégia do Governo.
A 'gota de água' terá sido uma reunião, realizada na passada sexta-feira (dia 4 de maio), no Ministério da Administração Interna, onde também esteve presente o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Marta Soares, com quem, refere a televisão pública, António Paixão terá entrado em confronto.
Logo nesse encontro, a que presidiu o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, o comandante António Paixão terá posto o lugar à disposição, acrescenta a RTP, sublinhando, porém, que a insatisfação do coronel já fora manifestada noutras circunstâncias, nomeadamente por dificuldades na gestão de meios aéreos.
Será o coronel Duarte da Costa, do Exército, quem sucederá agora a António Paixão, revela a estação pública. Uma informação já confirmada pela tutela. Segundo comunicado do Ministério da Administração Interna, o coronel António Francisco Carvalho da Paixão "pediu a exoneração do cargo por motivos pessoais".
Assim sendo, "o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, designou o Coronel Tirocinado José Manuel Duarte da Costa para exercer as funções de Comandante Operacional Nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), sob proposta do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Tenente-General Carlos Mourato Nunes", refere o documento.
António Paixão fundou e liderou o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e quando assumiu o cargo de Comandante Nacional da Proteção Civil, em dezembro do ano passado, estava à frente do comando territorial da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lisboa.
Assumiu o cargo, recorde-se, após a saída de Rui Esteves que pediu a demissão de comandante operacional nacional da ANPC, e cujo lugar era ocupado interinamente pelo tenente-coronel Albino Tavares, também ex-comandante do GIPS.
[Notícia atualizada às 22h35]