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Mãe de Gabriel pede "que não se fale mais" da mulher suspeita de o matar

Patrícia Ramirez falou pela primeira vez à imprensa depois do corpo de Gabriel, de oito anos, ter sido encontrado no carro de Ana Julia, namorada do pai da criança.

Mãe de Gabriel pede "que não se fale mais" da mulher suspeita de o matar
Notícias ao Minuto

11:42 - 12/03/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Espanha

A mãe de Gabriel Cruz, Patrícia Ramirez, falou esta segunda-feira à imprensa, um dia depois da descoberta do corpo do filho de oito anos e pediu para que não se “espalhe a raiva” em memória do “Pescaíto”, como era apelidado o menino.

Gabriel, de oito anos, que estava desaparecido desde o dia 27 de fevereiro, foi encontrado este domingo no porta-bagagens do carro da namorada do pai, Ana Julia Quezada. A dominicana de 43 anos foi detida pela polícia espanhola quando  transportava o cadáver da criança.

Patrícia pediu, de forma emocionada, que “não se espalhe a raiva, que não se fale mais dessa mulher [Ana Julia], apenas das pessoas boas”, porque a suspeita “não merece que se lhe dê cobertura mediática e que se fale dela”.

“Que ninguém fale da Ana Julia, que não apareça em nenhum sítio e que ninguém partilhe coisas de ódio porque aquele era o meu filho. Que pague o que tem a pagar, mas que o que fique deste caso seja a fé e as boas ações que foram surgindo e que foram mostrando o melhor das pessoas. Não pode ficar tudo com a cara desta mulher e com palavras de raiva”, afirmou, em entrevista à rádio Onda Cero.

A mãe de Gabriel agradeceu a todas as pessoas que ajudaram nas buscas e mesmo nas redes sociais, partilhando a foto do filho, mas apela a que esta não seja usada para outros fins. Ramírez pediu a quem criou contas com a imagem de Gabriel para que “reflitam e apaguem essas contas porque ele não merece”. “O Gabriel não merece, nem eu, nem o seu pai, que está destroçado”, continuou.

A criança estava na casa da avó, em Las Hortichuelas, uma localidade no município de Níjar (província de Almería), e saiu para ir a casa dos primos, não tendo sido mais visto. Ana Julia, que namorava com o pai do menino, Ángel, há uns meses, participou nas buscas desde o primeiro momento mas acabou por se tornar suspeita.

Esta segunda-feira, vários jornais espanhóis avançam que a morte de uma outra menina, em Burgos, está a ser investigada novamente após a detenção de Ana Julia, que viveu nesta localidade até 2014 e onde aí tem uma filha a residir, agora com cerca de 20 anos. É avançado que a outra menina, cuja idade ainda não é possível determinar, era sua filha e morreu ao cair de uma janela, num caso que na altura foi considerado suspeito mas que acabou por ser catalogado como acidental.

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