O balanço divulgado pelo Ministério do Interior há uma semana era de 666 detidos.
Estes são acusados de "propaganda terrorista" a favor do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ligado segundo Ancara à milícia curda síria Unidades de Proteção do Povo (YPG), que o exército turco combate em Afrine.
O governo turco proibiu qualquer protesto público contra a operação militar "Ramo de Oliveira", dirigida contra as YPG, e tem insistido que a população turca a apoia "a 100%".
Diversos ativistas denunciaram que, na atual situação, dizer simplesmente que se prefere a paz à guerra é considerado um crime na Turquia.
O Partido Democrático dos Povos (HDP, de esquerda e pró-curdo) posicionou-se claramente contra a intervenção militar, posição igualmente manifestada por 173 escritores, artistas e intelectuais numa carta aberta.
O exército turco indica que, desde o início da ofensiva, "neutralizou" (abateu, feriu ou capturou) 1.641 milicianos das YPG, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos Humanos dá conta de 163 combatentes curdos mortos, além de pelo menos 77 civis.
Pelo menos 31 soldados turcos morreram desde o início da ofensiva.