Reunidos em Bona, num congresso extraordinário, Schulz lançou um dramático apelo aos mais de seiscentos delegados do Partido Social-Democrata (SPD) para que deem luz verde ao início das conversações formais para outra coligação, já que, disse, disso depende o "futuro" da Alemanha.
"É muito o que conseguimos", assegurou, em alusão tanto à grande coligação que governou a Alemanha na anterior legislatura, como o conteúdo do pré-acordo com os democratas-cristãos, do qual destacou as propostas incluídas pelo seu partido em matéria de saúde e trabalho.
Schulz comprometeu-se a seguir trabalhando para "melhorar" o acordado, com o objetivo de alcançar uma saúde pública mais igualitária e levantar as restrições ao reagrupamento familiar impostas pelo bloqueio conservador, e avançou a sua intenção de "rever" o que for alcançado a meio da legislatura, se governar com Merkel.
O líder também expressou a sua "compreensão" para com aqueles que o repreendem por terem mudado de posição, já que na campanha eleitoral e depois da derrota do SPD, em setembro, disse que pretendia assumir o seu lugar na oposição.
"A Europa está a observar-nos", advertiu Schulz, que insistiu na necessidade de entrar no futuro Governo alemão para promover com a França "as reformas de que a União Europeia/UE precisa".
Segundo assinalou, no sábado conversou com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e também foi contactado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Além dos protestos de grupos internos do SPD, ativistas de organizações ambientais e uma amálgama de outros grupos, são contrários a uma grande coligação governamental que inclua o SPD.