Balanço de mortos aumenta para cinco na República Democrática do Congo

Pelo menos cinco pessoas morreram e 33 ficaram feridas hoje na República Democrática do Congo (RD Congo) durante a ação das forças de segurança para dispersar manifestações, proibidas pelas autoridades, contra o Presidente Joseph Kabila, disse a ONU.

Balanço de mortos aumenta para cinco na República Democrática do Congo

© Reuters

Lusa
21/01/2018 14:27 ‧ 21/01/2018 por Lusa

Mundo

Manifestação

"Houve também 69 detenções", acrescentou a porta-voz da Missão das Nações Unidas no Congo (MONUSCO), Florence Marchal, que falou em "balanço provisório".

As mortes ocorreram em Kinshasa, referiu a porta-voz, acrescentando que também houve feridos e detenções registadas em todo o país.

As forças de segurança usaram gás lacrimogéneo e munições reais nestas dispersões, de acordo com MONUSCO.

Em Kinshasa, uma jovem de 16 anos morreu à entrada da igreja de São Francisco de Sales, na comuna de Kitambo, depois de ter sido atingida por um tiro de uma metralhadora, declarou à agência de notícias francesa AFP, o ex-ministro e opositor Jean-Baptiste Sondji, que afirma ter estado no local.

A morte foi confirmada à AFP pelo pai da jovem, que diz ser um polícia.

Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas, quatro com gravidade, disse à AFP uma enfermeira num centro médico próximo da igreja de São José, em outra comuna popular de Kinshasa.

A MONUSCO denunciou 24 "detenções arbitrárias" de membros do coletivo cidadão "Luta pela Mudança", em Beni, em Kivu Norte.

As autoridades querem também impor um toque de recolher em Mbuji Mayi, em Kasai (centro), de acordo com MONUSCO.

Onze pessoas ficaram feridas em Kisangani (nordeste), segundo a mesma fonte. Nesta cidade, jovens tentaram resistir às forças de segurança ao queimar pneus no centro, de acordo com um correspondente da AFP.

Seis pessoas morreram na dispersão de marchas anteriores, proibidas pelas autoridades, a 31 de dezembro, de acordo com o MONUSCO e a nunciatura apostólica, de acordo com as autoridades congolesas.

Estas marchas são organizadas por um grupo de cidadãos próximo à Igreja Católica, que pede ao Presidente Kabila, entre outros, que declare publicamente que não concorrerá a um terceiro mandato, que mesmo a Constituição proíbe.

O segundo e último mandato do Presidente Kabila terminou a 20 de dezembro de 2016. As eleições estão agendadas para 23 de dezembro de 2018.

 

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