Em 1955, Helen James fazia parte da Força Aérea norte-americana. Certa noite, estava de folga, e saiu da base com uma colega. Quando estavam a sair de um restaurante perceberam que tinham sido seguidas pela polícia militar.
Helen acabou detida e foi sujeita a horas e horas de interrogatório. Na altura, a homossexualidade era reprimida nas forças armadas norte-americanas. E já desconfiavam que Helen seria lésbica.
A dada altura do interrogatório, cedeu. Assinou um papel e acabou dispensada de forma "desonrosa" da Força Aérea.
Apesar deste episódio, a vida de Helen James correu bem. Mas nunca esqueceu o que aconteceu, como revela ao Washington Post. Agora, com 90 anos, e a viver na Califórnia, decidiu que vai ripostar: e vai mesmo processar a Força Aérea dos Estados Unidos.
Em causa não estará uma indemnização mas o direito a ser tratada com o mesmo respeito de outros veteranos das forças armadas. Helen quer que o "desonrosa" desapareça da sua ficha militar e que em seu lugar surja uma dispensa "honrosa".
Contactada pelo Washington Post, a Força Aérea norte-americana não comentou o caso.