O adolescente brasileiro de 17 anos que foi tatuado na testa com as palavras ‘eu sou ladrão e vacilão’ está internado desde o dia 13 de junho e, em entrevista ao G1, explicou como se sente, quatro meses depois desse mesmo internamento.
“Estou a aprender a viver. Temos de viver um dia de cada vez. Já sei o que posso fazer da minha vida: estudar, trabalhar e viver a vida como cidadão. Hoje sei o limite das coisas. A droga derrotou muito a minha vida e da minha família. Não quero mais, não tenho vontade de utilizar drogas, só quero estar livre das drogas e andar para a frente”, disse o jovem.
O tratamento na clínica Grand House, em Mairiporã, está a ser feito gratuitamente, e tem como principal objetivo que o jovem consiga estudar e trabalhar.
“Depois do que aconteceu entendi que não posso viver mais no mundo das drogas. Tenho de colocar na minha cabeça que sou uma pessoa que tem pai, mãe, que nunca me deixaram de lado”, frisou.
O jovem diz saber que esta é a sua “última chance”, revelando que tem “a mente aberta”. “Não tenho vergonha de mim”, garante.
Ao recordar o incidente que sofreu, o jovem explica que naquele dia estava com problemas e alcoolizado, o que o levou a fazer “a coisa errada”.
“A justiça já está feita, eu também errei, mas os dois erraram, deixo na mão da justiça. Penso mais na minha recuperação. Quero ser um bom filho, um pai de família, um bom irmão. Eu perdoo, do fundo do coração, eu perdoo. A única coisa que eles fizeram foi justiça com as próprias mãos, mas a justiça já foi feita”, explicou.