"É preciso que se alcance um progresso suficiente em todas as questões iniciais antes de podermos discutir as relações futuras", disse Barnier, em conferência de imprensa.
As "questões iniciais" prendem-se, nomeadamente, com os direitos dos cidadãos da UE que residem no Reino Unido e que Barnier considera não estarem suficientemente salvaguardados na proposta apresentada no final de junho por Londres.
O reagrupamento das famílias foi um dos exemplos que o negociador chefe da UE apresentou como insuficientes para o bloco europeu.
Em causa estão ainda a falta de acordo sobre a 'fatura' que o Reino Unido terá que pagar para abandonar o bloco europeu e a questão da fronteira da Irlanda.
Sem haver progressos nestas áreas, não poderá ser discutido um futuro acordo comercial entre a UE e Londres.
Barnier lembrou ainda que o prazo de março de 2019 se vai aproximando.
Na sequência do referendo a 23 de junho de 2016, o Reino Unido invocou, a 29 de março último, o artigo 50.º do Tratado de Lisboa que permite a saída de um Estado-membro do bloco europeu.
O 'divórcio' só acontecerá depois de pelo menos dois anos de negociação com os outros 27 Estados-membros da UE.