Bin Nayef foi demitido do cargo de ministro da Administração Interna, posto para o qual foi designado o emir Abdelaziz bin Saud bin Nayef, até à data governador da região Este do país e irmão mais velho de Mohamed.
Segundo o decreto real publicado pela agência oficial Spa, o jovem Mohammed bin Salman é nomeado igualmente vice-primeiro-ministro, mantendo as funções de ministro da Defesa.
A televisão estatal saudita informou que 31 de 34 membros da realeza apoiaram a decisão do rei Salman de designar como príncipe herdeiro o filho Mohammed bin Salman, que até à data estava na segunda linha da sucessão.
Kristian Coates Ulrichsen, investigador sediado em Seattle do James A. Baker III Institute for Public Policy of Rice University, considera que a nomeação de Mohammed bin Salman poderá estabelecer a política saudita por algumas décadas, atendendo à idade do príncipe herdeiro.
Ulrichsen disse à Associated Press que a designação de Mohammed bin Salman também acaba com o desafio de ter um grupo cada vez mais idoso da realeza a governar o reino.
No entanto, o analista diz que a velocidade com que o novo príncipe herdeiro tem apresentado as suas políticas assertivas, incluindo a guerra no Iémen e um esforço para privatizar parte da empresa petrolífera estatal do reino, tem desconcertado alguns dentro da família real.