Birol Erdem, um dos principais conselheiros do chefe do Governo, Binali Yildirim, foi interpelado em Ancara e ficou sob custódia, juntamente com a mulher, Gulumser Erdem, a pedido da procuradoria de Ancara, precisou a agência pró-governamental Anadolu.
Erdem é um dos mais altos funcionários a ser detido no âmbito das purgas lançadas após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho.
Segundo o diário pró-governamental Sabah, Erdem, que foi o "número dois" do Ministério da Justiça de 2011 a 2014, é suspeito de ter facilitado a promoção de magistrados próximos do clérigo Fethullah Gulen.
O jornal Hurriyet informou que Erdem foi convocado pela justiça no ano passado como testemunha no âmbito de um inquérito sobre os partidários de Gulen.
Desde o golpe falhado, perto de 50.000 pessoas foram detidas e mais de 100.000 demitidas ou suspensas, tendo as purgas atingido nomeadamente as forças de segurança, os professores e os magistrados.
O Governo turco acusa os partidários de Gulen de terem infiltrado a administração durante anos visando criar uma administração paralela para derrubar o Governo.
Gulen, antigo aliado do Presidente Recep Tayyip Erdogan e exilado nos Estados Unidos desde o final dos anos 1990, desmente categoricamente qualquer envolvimento no golpe que causou cerca de 150 mortos.