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"Putin apoia a extrema-direita porque sabe que enfraquece e divide"

O Presidente russo está a acolher a extrema-direita para dividir a Europa, acusou hoje o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, uma semana depois de a francesa Marine Le Pen se reunir com Vladimir Putin.

"Putin apoia a extrema-direita porque sabe que enfraquece e divide"
Notícias ao Minuto

22:11 - 30/03/17 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Le Pen, a candidata presidencial da extrema-direita francesa, que tem apelado a laços mais estreitos com Putin, reuniu-se com este em Moscovo, na semana passada, um mês antes da primeira volta da eleição presidencial francesa, com o Presidente russo a garantir que o Kremlin não se envolve na política em francesa.

Mas os dirigentes russos têm elogiado os políticos europeus de direita e eurocéticos, com Putin a cimentar relações estreitas, por exemplo, com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, em Budapeste, no último mês.

"Há uma razão pela qual Putin apoia a extrema-direita através da Europa", afirmou Timmermans, ao dirigir-se a deputados espanhóis, respondendo: "É porque ele sabe que a extrema-direita nos enfraquece e divide".

E, concluiu, "uma Europa dividida significa que quem manda é Putin".

Timmermans rejeitou querer entrar em conflito com o líder russo, mas acusou-o de "tentar criar a desunião ao convidar Le Pen para o Kremlin e apoiar toda a espécie de partidos de extrema-direita em toda a Europa".

A Federação Russa tem sido acusada de ter interferido nas eleições presidenciais nos EUA, com a intenção de obter resultados eleitorais favoráveis a Donald Trump, o que provocou uma investigação das autoridades norte-americanas.

Em fevereiro, um assessor do candidato presidencial francês Emmanuel Macron, um pró-europeu, acusou Moscovo de procurar prejudicar a sua campanha, ao espalhar rumores falsos através da imprensa estatal.

Mas, segundo um comunicado emitido pelo Kremlin depois reunião de Putin com Le Pen, o presidente russo garantiu que a Federação Russa "não quer influenciar, seja por que forma for, os acontecimentos correntes", mas que "se reserva o direito de comunicar com todos os representantes de todas as forças políticas do país".

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