Estávamos a 24 de março de 2015. Um avião da Germanwings que partira de Barcelona com destino a Dusseldorf despenha-se nos Alpes. 144 passageiros e seis tripulantes seguiam a bordo. Todos perderam a vida.
A tragédia fez o mundo parar. Um ano antes, um voo da Malaysia Airlines havia desaparecido dos radares. O avião não mais foi encontrado e desconhece-se ainda o paradeiro das 239 pessoas a bordo.
Mas se do MH370 pouco mais se ficou a saber, o mesmo não aconteceu com o voo 9525 da Germanwings. Dias após o trágico acidente, as caixas negras do avião deram razão à convicção de que a queda foi propositada.
Andreas Lubitz, o copiloto do avião, aproveitou a saída momentânea do comandante do cockpit para trancar a porta e levar a cabo o plano de suicídio que havia traçado. Arrastou para a morte 149 pessoas ao fazer com o que o aparelho se despenhasse nos Alpes franceses.
O alemão de 27 anos, com 630 horas de voo, tinha tendências suicidas e uma profunda depressão, que o levou a passar por 40 consultas nos últimos anos. À data do acidente, estava de baixa médica, mas não informou a companhia aérea da sua condição. Não lhe eram conhecidas motivações terroristas.
Esta sexta-feira, dois anos após o fatídico acidente, presta-se tributo às vítimas. No local onde o Airbus A320 se despenhou, em Le Vernet, França, será erguida uma escultura. A inauguração será feita pelas 13h30, depois de uma missa comemorativa a realizar-se pelas 10h20 na Catedral de Digne-les-Bains.