As forças de segurança da república do Caucáso russo realizaram no sábado uma vasta operação contra um grupo armado dirigido à distância por um combatente checheno que vive na Síria, escreveu na sua conta no Instagram Ramzan Kadyrov.
"Agora, o grupo está completamente neutralizado e mais de 50 dos seus membros foram levados para esquadras de polícia", anunciou num texto que acompanha um vídeo em que fala sobre os rebeldes presos.
Entre os detidos encontra-se Imran Datsaïev, um "terrorista particularmente perigoso", que lançou uma granada contra as forças de segurança antes de ser capturado vivo, precisou o dirigente checheno, acrescentando que este terrorista tinha ordens do EI para matar polícias.
Em novembro último, Imran Datsaïev tinha morto um polícia, afirmou Ramzan Kadyrov, acrescentando que a operação das forças policiais "foi um grande sucesso".
A 12 de janeiro, seis pessoas -- quatro presumíveis rebeldes e dois membros das forças de segurança russas -- foram mortos na Chechénia numa troca de tiros. A 18 de dezembro, sete rebeldes foram também mortos após um ataque contra a polícia, referiu Ramzan Kadyrov, que controla a Chechénia com mão de ferro.
No final de dezembro, os serviços federais de segurança (FSB) anunciaram ter detido na vizinha república do Daguestão sete pessoas simpatizantes do EI acusadas de planearem ataques na região de Moscovo.
O FSB declarou ter frustrado, até final do ano passado, vários ataques na região.
Pelo menos 7.000 cidadãos da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), dos quais 2.900 russos, juntaram-se a grupos 'jihadistas' no Iraque e na Síria, nomeadamente ao EI, segundo o FSN. A maioria destas pessoas é oriunda do Cáucaso russo.
Após a primeira guerra na Chechénia (1994-1996), a rebelião chechena tem-se islamizado cada vez mais. Em junho de 2015, a rebelião armada islamita no Cáucaso prometeu lealdade ao Estado Islâmico.