Famílias de reféns consideram ocupação de Gaza uma "irresponsabilidade"

As famílias dos reféns israelitas denunciaram hoje "a irresponsabilidade" do Governo, após ter sido aprovado o plano de ocupação da Cidade de Gaza, e voltaram a exigir um acordo com o Hamas para libertação dos sequestrados.

Imagens drone destruição Faixa de Gaza

© REUTERS/Mahmoud Al-Basos

Lusa
08/08/2025 10:22 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O nosso Governo está a caminho de uma catástrofe colossal, para os reféns e os para nossos soldados. O gabinete [de segurança] decidiu ontem [quinta-feira] à noite embarcar numa nova marcha de irresponsabilidade à custa dos reféns, dos soldados e da sociedade israelita", afirmou o Fórum de Familiares de Reféns e Pessoas Desaparecidas, em comunicado.

 

O grupo, que representa a maioria das famílias das duas centenas de sequestrados a 07 de outubro de 2023, durante os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, afirmou que este plano significa abandonar os reféns, além de ignorar os alertas da liderança militar e a vontade do público israelita.

"Ao optar pela escalada militar em vez da negociação, estamos a deixar os nossos entes queridos à mercê do Hamas, uma organização terrorista maléfica que mata sistematicamente os reféns à fome e abusa deles", denunciou o Fórum.

O gabinete de segurança do Governo israelita deu "luz verde", esta madrugada, a um plano militar de ocupação da Cidade de Gaza, no norte do enclave, que alberga um milhão de pessoas.

Em declarações à estação norte-americana de televisão Fox News, antes da reunião, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu explicou que o objetivo é ocupar toda a Faixa de Gaza, não para a manter ou governar, mas para manter um "perímetro de segurança" que deve ser governado pelas "forças árabes" sem ameaçar Israel e sem o Hamas.

Os comandantes das forças armadas israelitas manifestaram relutância em implementar este plano, que passa por operar em locais onde há reféns (20 permanecem vivos e 30 mortos), por temerem que as milícias palestinianas em Gaza os executem à medida que as tropas avançam, como aconteceu no final de agosto de 2024 com seis reféns.

De acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 88% do enclave palestiniano já está sob ordens de deslocação forçada ou tornou-se uma área militarizada do exército israelita.

Na mensagem, o Fórum das Famílias voltou a apelar para um "acordo abrangente" com o Hamas que permita o fim da guerra e a libertação de todos os reféns na Faixa de Gaza.

Leia Também: China muito preocupada com ocupação israelita da cidade de Gaza

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