"Eles pediram o apoio dos nossos soldados na base de Bachiqa. Nós fornecemos apoio com artilharia, tanques e morteiros", disse Yildirim, que se encontrava no oeste da Turquia.
No sábado, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, reafirmou opor-se a uma participação turca na ofensiva para recuperar Mossul aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), declarando que "a batalha de Mossul é uma batalha iraquiana e os que a conduzem são iraquianos".
Abadi falava após um encontro com o secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter, que um dia antes dizia estar confiante sobre a integração da Turquia na ofensiva para retomar Mossul, apesar das divergências entre Bagdad e Ancara.
O presidente Recep Tayyip Erdogan não pretende que a Turquia permaneça à margem das operações em Mossul, mas até ao momento Bagdad tem-se oposto e ainda exigido a retirada de centenas de militares turcos estacionados na base na cidade de Bachiqa, onde treinam combatentes sunitas iraquianos.
Na perspetiva de analistas, citados pela agência France-Presse, o presidente Erdogan preocupa-se com um novo equilíbrio de forças que será instaurado entre as diferentes comunidades após a libertação da cidade sunita, receando uma posterior supremacia dos curdos e muçulmanos xiitas.
Iraque e Turquia partilham uma fronteira de 350 quilómetros.
Forças iraquianas e 'peshmergas', apoiados pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, desencadearam na segunda-feira a batalha para retomar Mossul, a segunda cidade do Iraque controlada pelos jihadistas do EI desde 2014.
A ofensiva para recuperar Mossul envolve dezenas de milhares de combatentes e pode durar vários meses.