Segundo um porta-voz do Pentágono (sede do Departamento de Defesa), a manobra pretendeu sublinhar o direito dos Estados Unidos de circular livremente nestas águas disputadas.
"Conduzimos uma operação de libertação da navegação no Mar do Sul da China", disse Jeff Davis, num comunicado divulgado hoje de madrugada, sobre a operação realizada perto da ilha de Triton, no arquipélago das Paracel, território disputado pela China, Taiwan e Vietname.
A "passagem inocente" realizada pelo contratorpedeiro USS Curtis Wilbur teve o objetivo "de contestar" as tentativas dos países de restringirem a navegação nesta zona, ao exigir uma autorização prévia ou um pedido de direito de passagem, segundo sublinhou o porta-voz norte-americano.
"Pretendeu contestar as exigências excessivas que restringem os direitos e as liberdades de navegação dos Estados Unidos e de outros", frisou Jeff Davis, esclarecendo ainda que a operação não teve qualquer relação com as reivindicações territoriais relacionadas com aquelas ilhas.
Esta demonstração de força por parte das autoridades norte-americanas segue-se a outras patrulhas do mesmo género no Mar do Sul da China.
Pequim reivindica a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940, e tem investido em grandes operações nesta zona, transformando recifes de corais em portos, pistas de aterragem e em outras infraestruturas.
Vietname, Filipinas, Malásia e Taiwan também reivindicam uma parte desta zona, o que tem alimentado intensos diferendos territoriais com a China.
Washington encara as construções e as pretensões chinesas como uma ameaça à liberdade de navegação nesta zona, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo.