A Noruega regista um IDH de 0,944, seguindo-se a Austrália, com 0,935, e a Suíça, com 0,930, indica o relatório, divulgado hoje.
Não entraram quaisquer países novos para os dez primeiros lugares do Índice, verificando-se, contudo, alterações de posição, com a Irlanda a subir do 8.º para o 6.º lugar, os EUA a descerem de 7.º para 8.º e o Canadá a passar de 8.º para 9.º na tabela.
No fim da tabela, encontra-se o Níger, com um IDH de 0,348, sendo o penúltimo lugar (187.º, com um IDH de 0,350) ocupado pela República Centro-Africana e o antepenúltimo pela Eritreia (186.º, com um IDH de 0,391), em substituição do Chade, atual 185.º.
Apesar da relação por vezes estabelecida entre o crescimento económico e o desenvolvimento humano, os autores do relatório alertam que nem sempre o primeiro se traduz no segundo.
São disso exemplo os casos da Guiné Equatorial e do Chile, que têm PIB per capita (em paridades de poder de compra) similares mas diferentes valores de IDH (0,587 e 0,832, respetivamente, o que os coloca com quase 100 lugares de diferença no ranking, 138.º e 42.º), e do Gabão e da Indonésia, que possuem os mesmos valores do IDH (0,684) apesar dos níveis de rendimento distintos.
No Relatório do Desenvolvimento Humano 2015, há um especial enfoque no trabalho nas suas diversas vertentes (taxa de emprego, desigualdade de género, trabalho sustentável, etc.), sendo destacada a existência de "204 milhões de pessoas sem trabalho, incluindo 74 milhões de jovens -- com base em dados oficiais do desemprego".
O documento assinala ainda que mais de 1,5 mil milhões de pessoas têm empregos vulneráveis e refere que as novas tecnologias podem dar um contributo relevante para mudar o cenário laboral atual.
Se o acesso à Internet nos países em desenvolvimento fosse o mesmo que nos países desenvolvidos, poderiam ser criados "mais de 140 milhões de novos empregos", dos quais 44 milhões em África e 65 milhões na Índia, podendo "a produtividade a longo prazo nos países em desenvolvimento aumentar até 25%", o que geraria "mais 2,2 mil milhões de dólares de PIB", sublinha o texto.
Não obstante os aspetos negativos em torno da questão laboral, os autores do relatório congratulam-se por, em termos gerais, se terem verificado grandes progressos nos últimos 25 anos, com 2 mil milhões de pessoas a saírem dos níveis de baixo desenvolvimento humano.
O número de pessoas a viver em países com baixos níveis de desenvolvimento humano caiu mais de 60% (de 3,2 mil milhões para 1,2 mil milhões) devido ao facto de 19 países -- entre os quais o Congo, o Gana e a Namíbia -- terem saído do grupo de baixo desenvolvimento humano, sublinham.
No mesmo período, o número de pessoas a viver em países com elevados valores de IDH mais do que duplicou, passando de 0,5 mil milhões para 1,2 mil milhões, como consequência de 34 países terem subido para aquela categoria.