"A visita de Estado a Moçambique foi frutífera e um grande sucesso, tivemos discussões muito satisfatórias sobre várias matérias da cooperação entre os dois países", disse Zuma em declarações aos jornalistas no final de um encontro com a presidente da Assembleia da República (AR) de Moçambique, Verónica Macamo, que marcou o fim da visita a Moçambique.
Sublinhando que é sempre uma alegria voltar a Moçambique, onde viveu 10 anos de exílio durante os tempos do regime do 'apartheid', o chefe de Estado sul-africano disse que informou a direção do parlamento moçambicano de pormenores sobre a violência xenófoba na África do Sul.
"O parlamento é uma instituição importante de uma democracia, por ser lá onde estão os representantes do povo, que defendem e protegem os interesses da sociedade", declarou Jacob Zuma.
No encontro com a direção da AR de Moçambique, adiantou Zuma, foi igualmente abordado o papel do Parlamento Pan-Africano, que "podia remediar várias situações no continente, se tivesse uma maior margem de manobra".
Por seu turno, a presidente da AR realçou os laços de vizinhança e fraternidade existentes com a África do Sul, destacando o impulso que tem sido dado nos últimos anos na cooperação bilateral.
"Podemos escolher os amigos, mas não escolhemos os vizinhos, estes são-nos impostos pelas fronteiras, ainda assim, agradecemos a sorte de ter vizinhos com quem cooperamos", disse Verónica Macamo.
Na visita a Moçambique, que se iniciou na quarta-feira, Jacob Zuma pediu desculpas pelos ataques xenófobos na África do Sul e que provocaram a morte de três moçambicanos.
Nas conversações entre as delegações dos dois países, foi igualmente enfatizada a necessidade de uma maior comunicação na deportação de moçambicanos em situação ilegal na África do Sul, bem como o imperativo de melhorar a implementação dos mais de 60 acordos de cooperação que os dois países já assinaram até ao momento.