A sociedade mudou e atualmente as mulheres magras são as preferidas para desfilar em passerelles ou para posar para campanhas publicitárias.
Isto leva a que as mulheres gordas sejam colocadas de parte em diversas profissões e enfrentem sérias dificuldades em comprar roupa, afinal, os números disponíveis são sempre os que cabem no corpo da ‘mulher-modelo’.
Mas há quem ache que ser magra só traz infelicidade e é esse o caso que hoje lhe trazemos.
O texto que serve de base a este artigo foi escrito na primeira pessoa por uma mulher que já foi magra e agora é gorda e foi publicado, primeiro no site Ravishly, e agora no Huffington Post.
A mulher-coragem que se expôs física e emocionalmente chama-se Joni Edelman. Mostrou fotografias de quando era magra e da atualidade, quando é gorda e contou que quando vestia o 34 e pesava 55 quilogramas não se sentia feliz.
“Vestir o 34 tornava mais fácil a missão de comprar roupa. Fazia os homens desejarem-me. Fazia com que recebesse propostas tórridas. Mas não me fazia feliz. Fazia-me muitas coisas, mas não me fazia feliz. Fazia de mim uma pessoa obcecada com exercício e com tudo o que comia. Fazia-me não comer, mesmo quando tinha fome. Fazia-me comer coisas que odeio e evitar as que adoro. Mas não me fazia feliz”, lê-se no texto em causa.
A mulher, mãe de cinco filhos, engordou devido aos medicamentos que toma para controlar a sua bipolaridade, mas agora diz-se feliz.
“A minha medicação mudou e eu engordei. A maior parte das minhas roupas não me serve e isso é desencorajador. Tentar vestir umas calças que são dois números abaixo não é divertido. Não é mesmo. Mas agora vejo as mudanças não só no meu corpo, mas também na minha mente. Agora sinto uma tranquilidade, uma paz e uma alegria que nunca senti”, continua.
“Sou feliz. Sou gorda e sou feliz”, refere, acrescentando: “A felicidade não requer magreza e o ser gorda não implica tristeza”.
O texto termina com um encorajamento:
“Sê gorda e feliz. Sê gorda sem pedir desculpa. Veste um biquíni, come pizza, come gelados, bebe vinho e não peças desculpa. O mundo quer que sejas magra e há toda uma variedade de indústrias que vivem à conta da tua insegurança. O mundo quer que acredites que ser magra e bonita é igual a ser feliz. Quer que acredites que só vales a pena se fores linda e que as pessoas lindas não são gordas. Mas talvez sejam”.