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Construção de porto de águas profundas em Angola arranca em junho

A construção do porto de águas profundas da província angolana de Cabinda, obra orçada em cerca de 500 milhões de euros, arranca em junho, mas os trabalhos preparatórios já estão em curso, anunciou hoje a governadora provincial.

Construção de porto de águas profundas em Angola arranca em junho
Notícias ao Minuto

11:12 - 07/01/15 por Lusa

Mundo Cabinda

"Estão a fazer-se as infraestruturas de apoio [à construção] e em junho de 2015 arrancam as obras propriamente ditas", informou Aldina da Lomba Catembo, citada pela comunicação social local.

Anteriormente, em entrevista à Lusa, a responsável afirmou tratar-se do maior investimento já realizado naquela província angolana, permitindo "tirar Cabinda do isolamento", tendo em conta a descontinuidade de cerca de 60 quilómetros do restante território angolano.

"O porto de águas profundas vai constituir para a província de Cabinda o maior investimento feito no período pré ou pós-independência [de Angola]", garantiu.

A construção desta infraestrutura marítima, na localidade de Caio Litoral, resulta de uma parceria público-privada e será concretizada em três fases.

A primeira fase da obra consiste na construção das infraestruturas portuárias e implementação de uma área de serviços de carga de 100 hectares.

Segundo dados entretanto disponibilizados pela empresa concessionária, responsável pela construção e pela futura exploração do porto, esta primeira fase - já com os empreiteiros selecionados - envolve ainda a implementação de um cais com 775 metros de cumprimento.

Permitirá a atracagem de navios de grande dimensão e deverá criar, segundo os promotores, cerca de 1.500 postos de trabalho.

"O porto de águas profundas vai trazer desenvolvimento a Cabinda. Além de contribuir para que mais rapidamente a matéria-prima chegue à província, vai também ligar-nos ao resto do país, facilitar as trocas comerciais com outras províncias, pôr-nos mais perto do exterior", sublinhou Aldina da Lomba Catembo, em entrevista à Lusa em julho passado.

A infraestrutura será rentabilizada através da exportação da produção local, nomeadamente madeira, café e produtos agrícolas.

"Esta situação [por ser um enclave] tem prejudicado o processo de industrialização da província porque os nossos produtores ficam sem possibilidade de escoarem os seus produtos", reconheceu a governadora.

A responsável garantiu também que o novo porto inverterá o isolamento de Cabinda, ao mesmo tempo que reforçará as ligações comerciais com os vizinhos da República Democrática do Congo e da República do Congo, que poderão utilizar aquela infraestrutura.

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