José Eduardo dos Santos abre inquérito sobre cerimónia da IURD

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, criou uma comissão de inquérito para apurar as causas da tragédia de 31 de Dezembro em Luanda, que provocou mais de uma dezena de mortos numa cerimónia da IURD em Luanda.

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Lusa
03/01/2013 18:34 ‧ 03/01/2013 por Lusa

Mundo

Luanda

Segundo um comunicado da Casa Civil da Presidência da República, enviado hoje à Lusa, a comissão de inquérito tem 15 dias para apresentar um relatório sobre o que se passou no Estádio Nacional da Cidadela Desportiva, com capacidade para 70 mil pessoas, mas onde se concentraram cerca de 250 mil.

Em causa está um culto promovido pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) como ‘Vigília da Virada - Dia do Fim’, que terá provocado um número variado de vítimas.

A IURD fala em 12, enquanto o diário estatal Jornal de Angola escreveu na sua edição de quarta-feira que foram registados 16 mortos e o Governo Provincial de Luanda, citado pela agência Angop, fixou aquele número em treze. O número de feridos é sempre igual: 120.

A Comissão de Inquérito criada por José Eduardo dos Santos será coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo Tavares, e terá a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, como coordenadora-adjunta, integrando os ministros da Administração do Território, Bornito de Sousa, da Justiça, Rui Mangueira, da Saúde, José Van-Dúnem, e da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, e o governador da província de Luanda, Bento Bento.

No comunicado enviado à Lusa, José Eduardo dos Santos exprime a sua "profunda consternação" pela perda "prematura e irreparável" de tantas vidas humanas, incluindo crianças e endereça a todas as famílias enlutadas os seus "mais profundos sentimentos de pesar".

Na mensagem, o Presidente angolano exorta as autoridades competentes e os organizadores de eventos semelhantes a "reforçarem as medidas de segurança e a criarem condições para que tão dramáticos e dolorosos acontecimentos nunca mais se voltem a repetir".

Na quarta-feira, em conferência de imprensa, a IURD assumiu a responsabilidade das despesas com os funerais.

"A Igreja já começou a apoiar as famílias das vítimas. Está a fazê-lo e vai continuar até ao último momento. Assumimos, vamos dizer, todas as despesas do óbito e o principal apoio é o moral", disse o bispo Felner Batalha.

Segundo informações dos hospitais em Luanda que receberam as vítimas, as mortes terão ocorrido por esmagamento e asfixia.

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