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Super tufão Hagupit ganha força ao aproximar-se das Filipinas

O super tufão Hagupit, com ventos sustentados de 287 quilómetros por hora e rajadas de até 351, continua a ganhar força enquanto se aproxima da região central das Filipinas, que há um ano foi devastada pelo tufão Haiyan.

Super tufão Hagupit ganha força ao aproximar-se das Filipinas
Notícias ao Minuto

11:13 - 05/12/14 por Lusa

Mundo Ásia

A tempestade move-se a uma velocidade na ordem dos 13 quilómetros por hora, segundo o Centro de Alerta de Tufões dos Estados Unidos, pelo que deverá tocar terra no próximo domingo na zona que ainda se está a recuperar da passagem do Haiyan.

O Hagupit, descrito pela Agência Meteorológica do Japão, como um tufão "violento", obrigou já à evacuação massiva nas ilhas de Leyte e de Samar, as quais deverão ser mais afetadas pelo tufão e foram as que mais sofreram há um ano.

Em Tacloban, morreram quase metade das 6.300 vítimas do Haiyan, iniciou-se a retirada de cerca de 78.000 pessoas, ainda que muitos dos centros de abrigo não tenham sido restaurados, escreve o diário Inquirer.

Entre as pessoas a retirar da zona encontram-se as 1.700 famílias que no ano passado ficaram sem casa e prosseguem a sua vida em casas temporárias construídas pelo Governo filipino.

Enquanto as autoridades locais de Tacloban asseguram estar a preparar mais de 31.000 pacotes de alimentos, os residentes da cidade acodem em massa aos supermercados e têm esvaziado as prateleiras com receio de que a cidade fique novamente destruída.

Na quinta-feira, as autoridades ordenaram a suspensão das aulas e encerraram os serviços públicos em grande parte do país devido à aproximação do Hagupit.

As Forças Armadas e a guarda costeira, por seu lado, foram colocadas sob alerta, tal como as agências governamentais que lidam com a resposta a catástrofes naturais, e as equipas de emergência da Cruz Vermelha.

Segundo as previsões do Gabinete da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, o Hagupit deverá afetar 4,5 milhões de pessoas quando entrar no arquipélago filipino.

As autoridades têm envidado esforços nos últimos dias no sentido de advertir para uma subida do nível do mar que poderá alcançar os quatro metros, um fenómeno apontado como tendo estado na origem de um grande número de mortes aquando da passagem do Haiyan.

Também alertaram para o risco de inundações e consequentes deslizamentos de terras causados pelas chuvas copiosas que acompanham o super tufão.

As Filipinas são atingidas, anualmente, por entre 15 e 20 tufões durante a época de chuvas, que começa, regra geral, em junho e termina em novembro.

No ano passado, o Haiyan, um dos mais potentes tufões da história, causou 6.300 mortos, mais de mil desaparecidos e afetou 14 milhões de pessoas.

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