O Sputnik é o "recauchutado" serviço de língua estrangeira da agência de notícias estatal 'RIA Novosti' e da rádio Voz da Rússia, que sofreu uma grande restruturação em dezembro passado, sob a liderança do conhecido 'pivot' Dmitry Kiselyov.
Ao apresentar o 'Sputnik' perante uma audiência que incluía diplomatas e responsáveis governamentais, Kiselyov disse que o novo serviço vai propagar um mundo "multicolorido" onde "a Rússia é russa".
"Somos contra a propaganda agressiva que está agora a ser fornecida ao mundo e que obriga a uma construção unipolar do mundo", sustentou.
"Acreditamos que é irrealista, que conduz a humanidade a sofrimento e derramamento de sangue, e que não haverá nada de bom neste caminho", prosseguiu.
Kiselyov é conhecido como 'pivot' da programação de fim-de-semana no canal Rossiya, no qual chegou a sugerir, a dada altura, que a Rússia poderia reduzir os Estados Unidos a cinza radioativa.
Noutro programa de debate, Kiselyov defendeu que os homossexuais deveriam ser proibidos de dar sangue e que os seus corações deveriam ser queimados se se envolvessem num acidente de viação.
Enquanto a 'RIA Novosti' continuará a usar esse nome nas emissões em língua russa, o seu 'website' de língua estrangeira e as páginas das redes sociais agora reencaminham para a 'SputnikNews'.
Em março último, Kiselyov foi colocado na lista negra pela União Europeia, devido à sua "propaganda em defesa do envio de forças russas para a Ucrânia".
Kiselyov afirmou que a nova empresa se centrará na rádio e em formatos 'online', contratando até 70 pessoas em todas as suas delegações em todo o mundo, incluindo em todos os países ex-soviéticos, Washington, Pequim e várias capitais europeias.