Eamon Gilmore falava numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Assuntos Europeus de Chipre, Andreas Mavroyiannis.
Mavroyiannis fez o balanço da presidência cipriota da União Europeia, que decorreu no segundo semestre do ano, e Gilmore apresentou os objectivos da presidência irlandesa, que vai decorrer no primeiro semestre de 2013.
A "passagem de testemunho" para a Irlanda, que vai realizar a sétima liderança rotativa do bloco europeu, acontece a 31 de Dezembro.
“O ano de 2013 vai ser muito importante para a Irlanda. Queremos ser o primeiro país a emergir do programa de assistência da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, assegurando-nos de que a retoma e o crescimento trarão empregos. As nossas prioridades nacionais são semelhantes às da nossa presidência da UE”, declarou.
Sob o lema “Pela estabilidade, emprego e crescimento”, a presidência irlandesa da UE aponta como prioridade trabalhar para a efectiva retoma económica da Europa, através do reforço da governação económica, estímulo da competitividade e investimento no crescimento e criação de emprego, com uma aposta em particular no combate ao desemprego jovem.
Para alcançar esses objectivos, a Irlanda vai trabalhar para concluir acordos comerciais com parceiros-chave, que há muito estão a ser negociados. A conclusão destes acordos pode representar o equivalente a 2% da riqueza da UE, afirmou Gilmore.
“Temos de explorar o potencial de acordos comerciais, designadamente com os Estados Unidos, Canadá, Japão e Singapura”, acrescentou.
A união bancária é uma outra área em que Dublin espera alcançar progressos, pretendendo aproveitar o “momento” depois do acordo alcançado na semana passada sobre o supervisor único europeu para avançar para os passos seguintes, nomeadamente, o sistema de resolução dos bancos e os sistemas de garantia de depósitos.
O outro grande objectivo da presidência irlandesa é contribuir para a conclusão das negociações sobre o orçamento plurianual da UE para 2014-2020, com Dublin a indicar que “tudo fará” para ajudar o presidente do Conselho, Herman van Rompuy, a fechar um compromisso no início do ano.