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Israel retoma ataques no sul de Gaza por "violação" do cessar-fogo

O exército israelita lançou hoje novos ataques aéreos no sul de Gaza, alegando responder a uma "flagrante violação" do cessar-fogo por parte do Hamas, e suspendeu o acesso a ajuda humanitária ao enclave.

Israel retoma ataques no sul de Gaza por "violação" do cessar-fogo

© Getty Images

Lusa
19/10/2025 18:02 ‧ há 6 horas por Lusa

"Em resposta à flagrante violação do acordo de cessar-fogo hoje de manhã, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma série de ataques contra alvos terroristas do [movimento islamita] Hamas no sul da Faixa de Gaza", anunciou o exército israelita em comunicado.

 

Os bombardeamentos atingiram a zona oriental de Khan Yunis e a área de Rafah, no sul do território.

A Defesa Civil de Gaza, sob a autoridade do Hamas, indicou que pelo menos 15 pessoas morreram em todo o território, incluindo seis civis atingidos em Al-Zawaida, no centro, e uma mulher e duas crianças em tendas de deslocados perto de Khan Yunis.

Israel afirmou estar a verificar as alegações, reiterando que os ataques foram uma resposta a disparos do Hamas, o que o movimento islamita nega.

Também hoje, o Governo israelita suspendeu o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, alegando a violação do cessar-fogo pelo Hamas.

"A transferência de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza foi suspensa até novo aviso, após a violação flagrante do acordo por parte do Hamas", disse uma fonte governamental israelita.

No sábado, o Departamento de Estado norte-americano já tinha alertado para "relatos credíveis" de que o Hamas planeava "uma violação iminente" da trégua, que entrou em vigor a 09 de outubro com mediação dos Estados Unidos e de outros países.

Hoje, o Presidente norte-americano, Donald Trump, insistiu que não existe um prazo fixo para o desarmamento do Hamas --- uma das cláusulas do acordo --- mas avisou que, caso o grupo não cumpra, poderá tomar novas medidas.

O cessar-fogo prevê a retirada gradual do Exército israelita da Faixa de Gaza, a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária no território, além da futura formação de um novo governo sem a participação do Hamas.

Fontes palestinianas indicaram que pelo menos 20 pessoas morreram hoje em bombardeamentos israelitas em diferentes zonas de Gaza, no que é considerado o episódio mais grave desde o início da trégua.

Mais de 68 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza em dois anos de ofensiva israelita, lançada após o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou 1.200 mortos e 250 reféns, em território israelita.

Leia Também: Milhares em Lisboa pedem respeito pelo cessar-fogo na Palestina

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