"As tropas abriram fogo para eliminar a ameaça", disseram fontes militares à EFE, garantindo que o fizeram "em conformidade com as disposições do acordo de cessar-fogo" entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, que entrou em vigor a 10 de outubro.
Segundo o Exército, depois de dispararem "tiros de aviso" contra este "veículo suspeito" os seus soldados alvejaram-no, continuando este a aproximar-se "de uma forma que representava uma ameaça iminente para elas".
As Forças Armadas precisaram que o veículo cruzou a chamada "linha amarela", que marca o ponto de retirada das tropas dentro de Gaza na primeira fase do acordo de cessar-fogo.
O ataque deixou um número desconhecido de mortos e feridos, informou o serviço de emergência da Proteção Civil de Gaza, que afirma que a carrinha transportava dez deslocados que iam verificar a condição das suas casas no bairro de Zeitun, a sul da Cidade de Gaza.
Segundo a mesma fonte, foi resgatada uma criança ferida, e o paradeiro de outras duas é desconhecido "devido ao perigo representado pelas operações na zona".
O Exército israelita afirmou à EFE que as suas tropas estão posicionadas na área onde ocorreu o ataque "em conformidade com o acordo de cessar-fogo e continuarão a operar para eliminar as ameaças imediatas".
O acordo assinado entre o Hamas e Israel estabelece que a trégua abrange toda a Faixa de Gaza e que o exército israelita deve recuar para uma zona demarcada conhecida como "linha amarela".
As autoridades de saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, registaram pelo menos 23 mortos e 122 feridos em ataques israelitas desde que o cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita entrou em vigor a 10 de outubro.
Israel tem acusado o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo, que previa o retorno de todos os reféns na posse do movimento islamita palestiniano, vivos e mortos, antes da manhã de segunda-feira.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Leia Também: "Há um grande esforço". Hamas "está a trabalhar para implementar acordo"