A ativista britânica Huda Ammori, cofundadora da Palestine Action, iniciou um processo judicial contra a decisão da ex-ministra do Interior britânica Yvette Cooper de proibir o grupo em julho passado ao abrigo das leis antiterroristas, que tornam crime punível com até 14 anos de prisão a pertença ou o apoio público à organização.
A presidente do Tribunal Superior de Inglaterra e País de Gales, Sue Carr, afirmou hoje que uma revisão judicial "seria um meio mais rápido de contestar a ordem de proibição da Palestine Action do que solicitar a 'desproibição'" da forma sugerida pelo Ministério do Interior.
Nesse sentido, foi agendada para entre 25 e 27 de novembro a análise da legalidade da decisão do Governo britânico de proibir a Palestine Action.
"Essa decisão poderá então ser invocada nos tribunais penais que julgarem as acusações contra qualquer pessoa detida em relação ao seu apoio" ao grupo, acrescentou a magistrada.
O grupo Palestine Action foi proscrito e declarado um grupo terrorista em julho após vandalizar aviões numa base militar e realizar outros atos de boicote ao fornecimento de armas a Israel.
Mais de 2.000 pessoas foram presas por mostrar apoio à Palestine Action em várias manifestações no Reino Unido desde que a proibição do grupo entrou em vigor, de acordo com o grupo ativista Defend Our Juries.
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