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"Muitas questões" para resolver antes de encontro entre Putin e Trump

O Kremlin afirmou hoje que "muitas questões" ainda precisam de ser resolvidas antes do encontro anunciado entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo norte-americano, Donald Trump.

"Muitas questões" para resolver antes de encontro entre Putin e Trump

© ANTON VAGANOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
17/10/2025 15:17 ‧ há 1 dia por Lusa

"[Serguei] Lavrov e [Marco] Rubio [os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e dos Estados Unidos, respetivamente] vão começar a trabalhar na questão. Primeiro, vão entrar em contacto, reunir-se e começar a discutir todos os temas, e são muitos", disse o porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, em declarações aos jornalistas.

 

Peskov acrescentou que o encontro - que deverá ocorrer em Budapeste, dentro de duas semanas - só avançará quando "houver condições políticas e de segurança adequadas", insistindo que "a agenda bilateral é extensa e sensível".

A proposta de uma cimeira russo-norte-americana em Budapeste surgiu no início deste mês, depois de o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter oferecido o país como mediador para "restaurar o diálogo entre Moscovo e Washington".

Desde então, fontes diplomáticas têm indicado que as conversações preliminares estão a decorrer "de forma exploratória", centradas sobretudo na guerra na Ucrânia e na segurança nuclear europeia.

Na quinta-feira, Trump anunciou uma reunião com Putin em Budapeste, sem indicar uma data, após uma conversa telefónica entre ambos em que garantiu terem sido "feitos grandes progressos".

"Decidimos que uma reunião dos nossos conselheiros seniores terá lugar na próxima semana. As reuniões iniciais serão lideradas pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, com outras pessoas ainda por definir. Será escolhido um local", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

"Em seguida, o Presidente [Vladimir] Putin e eu reunir-nos-emos num local previamente combinado, Budapeste, na Hungria, para ver se podemos pôr fim a esta guerra 'inglória' entre a Rússia e a Ucrânia", acrescentou.

O anúncio ocorreu na véspera do encontro marcado para hoje, em Washington, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que espera que os Estados Unidos forneçam à Ucrânia mísseis Tomahawk, apesar dos protestos de Moscovo.

Os mísseis Tomahawk norte-americanos permitiriam à Ucrânia atacar em profundidade o território russo, e Moscovo já avisou que o envio destas armas para Kyiv constituirá, na sua opinião, uma "escalada no conflito".

Com a Rússia a intensificar os ataques às infraestruturas energéticas na Ucrânia, os Tomahawk serão o "tema principal" do encontro de Zelensky com Trump na sexta-feira, disse um responsável ucraniano citado pela agência de notícias francesa France-Presse.

Referiu também os sistemas de defesa aérea Patriot, numa altura em que os ucranianos temem enfrentar o inverno sem luz ou aquecimento.

Trump tem manifestado repetidamente a intenção de se encontrar com Putin para discutir um "cessar-fogo duradouro" na Ucrânia, no âmbito da iniciativa de paz, que conta com o apoio da Hungria e de vários países do chamado "novo eixo conservador" europeu.

Moscovo, por sua vez, tem insistido que qualquer encontro deve decorrer "sem pré-condições" e fora do enquadramento da NATO ou da UE.

Leia Também: Kremlin espera ações que concretizem acordo de paz em Gaza

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