O advogado francês de Khadafi reagiu de imediato, considerando a libertação sob fiança como "totalmente inaceitável num caso de detenção arbitrária" e garantiu que vai contestar a fiança.
A decisão, avançada por uma autoridade judicial libanesa citada pela agência de notícias France-Presse, foi anunciada depois de Khadafi ser interrogado por um juiz de instrução.
Além da fiança, Hannibal Khadafi ficará sujeito à proibição de viajar caso aceite as condições para ser libertado da prisão, adiantou a mesma fonte.
O advogado Laurent Bayou sublinhou que Hannibal Khadafi é alvo de sanções internacionais e mostrou-se surpreendido pelo valor pedido para a libertação do cliente.
"Onde é que se espera que encontre 11 milhões de dólares [cerca de 9,5 milhões de euros]?", questionou.
Hannibal Khadafi, cuja mulher é libanesa, foi detido e levado para este país em dezembro de 2015, com as autoridades libanesas a exigir informações sobre o desaparecimento do líder xiita libanês Musa Sadr na Líbia, em 1978.
As autoridades libanesas culpam Muammar Khadafi pelo misterioso desaparecimento de Sadr e de dois imãs, em 1978, altura em que Hannibal tinha 02 anos.
Muammar Khadafi foi morto durante uma revolta na Líbia, em 2011, tendo Hannibal fugido para a Síria.
Em 2015, foi raptado por homens armados que o levaram para o Líbano, onde as autoridades o resgataram aos raptores, tendo sido detido.
Na semana passada, o advogado adiantou que o estado de saúde de Hannibal, de 49 anos, "é alarmante".
Em agosto, a organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch pediu a "libertação imediata" de Hannibal Khadafi, detido com base em "alegações aparentemente infundadas de que tem informações" sobre Musa Sadr.
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