O homem, de 28 anos, foi acusado de fornecer planos e informações sobre atividades da embaixada dos Estados Unidos entre março e novembro de 2024, em troca do pagamento de 10 mil euros de russos e 0,17 bitcoins de iranianos.
Na sua sentença, proferida na noite de quarta-feira e publicada hoje, o Tribunal Distrital de Oslo decidiu que as informações partilhadas eram "de natureza que poderiam ser utilizadas para ações diretas e ataques físicos contra as pessoas em causa".
"O arguido compreendia que a divulgação desta informação podia prejudicar os interesses de segurança dos EUA", observou o tribunal.
A acusação tinha pedido uma pena de seis anos e quatro meses para estas acusações, cuja pena máxima vai até aos 21 anos de prisão.
Durante o julgamento, o arguido admitiu os factos, alegando ter agido para protestar contra a posição dos Estados Unidos na guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, mas negou a acusação de espionagem agravada pela qual foi condenado.
O homem argumentou que as informações que transmitiu não eram confidenciais.
Entre as informações transmitidas constavam os nomes, moradas, números de telefone e matrículas dos diplomatas e funcionários da embaixada, bem como dos seus cônjuges e filhos, assim como mapas da embaixada, rotinas de segurança e uma lista de mensageiros utilizados pelos serviços de informação noruegueses.
Os serviços de informação noruegueses apontam regularmente a Rússia - com a qual a Noruega, membro da NATO, partilha uma fronteira terrestre no Ártico -, o Irão e a China como os principais países de risco para a espionagem.
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