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Coreia do Sul proibe viagens para Camboja e alerta para crime organizado

O governo da Coreia do Sul proibiu os cidadãos sul-coreanos de viajar para o Camboja devido a um alegado recrutamento ilegal de trabalhadores para centros que praticam fraudes através da internet.

Coreia do Sul proibe viagens para Camboja e alerta para crime organizado

© Lusa

Lusa
17/10/2025 14:13 ‧ há 1 dia por Lusa

Mundo

Camboja

Fontes do Serviço de Informações e do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, citadas pelos meios de comunicação de Seul, relataram que se verifica um aumento do número de cidadãos sul-coreanos supostamente captados por redes de tráfico de seres humanos e grupos de crime organizado com base no Camboja.

 

Os grupos criminosos obrigaram os cidadãos sul-coreanos a praticarem fraudes, envolvendo criptomoedas, através da internet num ambiente semelhante ao de uma prisão.

De acordo com fontes diplomáticas de Seul e da ONU, os cidadãos sul-coreanos são mantidos como escravos e foram submetidos a atos de tortura pelos grupos de crime organizado. 

O alerta de Seul, anunciado no portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, entrou em vigor na quinta-feira e recomenda igualmente aos cidadãos sul-coreanos a abandonarem certas zonas do Camboja.

Em concreto, a Coreia do Sul proibiu os cidadãos de viajarem para as cidades de Bavet e Kampot, no sul de Camboja, e pediu que abandonassem a província de Sihanoukville.

O aviso foi difundido no mesmo dia em que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Kim Jina, se reuniu com o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, em Phnom Penh.

O encontro na capital do Camboja teve como finalidade procurar formas de cooperação no combate à proliferação dos crimes através da internet, "que afetam milhões de pessoas".

O aviso de Seul não especifica quantas pessoas vão ter de cancelar viagens, por já terem sido captadas, ou quantos sul-coreanos se encontram "sequestrados" em zonas cambojanas agora designadas como de alto risco.

Phnom Penh informou na quinta-feira que, nos últimos meses, deportou 180 cidadãos sul-coreanos envolvidos em cibercrime e outros 60 aguardam repatriamento.

A decisão de Seul surgiu na mesma semana em que os governos do Reino Unido e dos Estados Unidos anunciaram a aplicação de sanções conjuntas contra o conglomerado Prince Group, com base no Camboja.

O presidente do grupo de empresas, Chen Zhi, é acusado de montar rede de cibercrime e tráfico de seres humanos, de grande escala.

As autoridades dos Estados Unidos, no âmbito das ações contra o Prince Group, apreenderam 15 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros) em 'bitcoins', na maior apreensão da história relativa a criptomoedas.

O porta-voz do Ministério do Interior do Camboja, Touch Sokhak, disse à agência de notícias EFE que Chen Zhi, um cidadão da República Popular da China com cidadania cambojana, não está no país e "não foi acusado de qualquer delito".

As autoridades norte-americanas alegaram que Chen Zhi comandava um "império criminoso" com empresas em mais de 30 países.

Washington acusou o Prince Group de manter centenas de vítimas de redes de tráfico de seres humanos em "instalações semelhantes a cárceres" no Camboja, sendo obrigadas a envolverem-se em esquemas fraudulentos online a uma escala considerada "industrial".

Leia Também: Ministro da Coreia do Sul sugere 'combate' aos motores de combustão

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