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Presidente timorense condecora a título póstumo nove pessoas

O presidente timorense condecorou a título póstumo com o Colar da Ordem de Timor-Leste oito jornalistas nacionais e estrangeiros e um ativista dos direitos humanos que morreram durante o processo de ocupação indonésia, anunciou hoje a Presidência timorense.

Presidente timorense condecora a título póstumo nove pessoas

© Lusa

Lusa
17/10/2025 06:31 ‧ há 15 horas por Lusa

Foram condecorados os restantes quatro jornalistas, dos cinco que morreram em Balibó em 16 de outubro de 1975, data em que é celebrado também o Dia Nacional da Imprensa timorense, nomeadamente Gary Cunningham, da Nova Zelândia, Tony Stewart, da Austrália, e Malcom Rennie e Brian Peters, ambos britânicos.

 

Em 2014, a Presidência timorense já tinha condecorado, também a título póstumo, com o Colar da Ordem de Timor-Leste Greg Shackleton, da Austrália, que também morreu a 16 de outubro de 1975, e que completa os "Balibó Five", e Roger East, outro jornalista australiano, que morreu a 08 de dezembro de 1975 e que viajou para Timor-Leste para investigar a morte dos cinco colegas em Balibó.

Os cinco jornalistas que morreram em Balibó, estavam naquele local, situado a cerca de 10 quilómetros com a fronteira indonésia, para relatar as incursões das forças indonésias a Timor-Leste, que terminou com a ocupação a 07 de dezembro de 1975.

Os jornalistas nacionais também condecorados por José Ramos-Horta a título póstumo foram Francisco Borja da Costa, poeta e jornalista timorense, morto a 07 de dezembro de 1975, e Bernardino Joaquim Afonso Guterres "Berekai", que foi morto pela indonésia quatro dias antes da realização do referendo de 30 de agosto de 1999, que levou à restauração da independência do país.

Os restantes três condecorados são Kamal Bin Ahmed Bamadhaj, neozelandês e malaio, estudante e ativista dos direitos humanos e único cidadão estrangeiro morto no massacre de Santa Cruz, Sander Thoens, jornalista holandês, morto pelos indonésios durante a retirada de Timor-Leste a 21 de setembro de 1999, e Agus Mulyawan, jornalista indonésio morto pelas milícias em setembro de 1999.

"Reconhecemos o papel inestimável de outros jornalistas que, com coragem, profissionalismo e um profundo sentido de humanidade, se dedicaram a relatar ao mundo a luta do povo timorense pela liberdade e autodeterminação", afirmou José Ramos-Horta, citado no comunicado.

"As suas reportagens e testemunhos contribuíram para despertar a consciência internacional sobre as injustiças sofridas por Timor-Leste, tornando-se uma parte indelével da nossa história de resistência e construção nacional", acrescentou o Presidente.

O Dia Nacional da Imprensa timorense foi celebrado com uma cerimónia em Balibó e assinalou também o 50.º aniversário do assassínio dos cinco jornalistas.

"Há 50 anos, cinco jovens jornalistas em Balibó, e um em Díli, colocaram-se entre o silêncio e o mundo. Eles escolheram a verdade e pagaram com as próprias vidas. Hoje, recordamo-los não como figuras distantes, mas como ecos da nossa responsabilidade --- temos de falar, exigir, agir", afirmou na cerimónia o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo, Agio Pereira.

Leia Também: Timor: Adesão à ASEAN é juntar a voz pela paz, diálogo e desenvolvimento

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