A organização palestiniana argumentou, em comunicado difundido nas suas redes sociais, que a devolução dos corpos demorará, uma vez que alguns ficaram enterrados em túneis "destruídos pela ocupação", enquanto outros ainda se encontram debaixo dos escombros de edifícios bombardeados e demolidos.
"Qualquer atraso no retorno dos corpos recai inteiramente sobre o Governo de Netanyahu, que impede e evita o fornecimento dos recursos necessários", acrescentou, uma vez que são necessários equipamentos para os recuperar, "que atualmente não estão disponíveis, devido à proibição de entrada imposta pela ocupação".
A passagem fronteiriça de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, continua encerrada e o Hamas considera que isso faz parte de uma estratégia do Governo de Telavive para "punir" a população palestiniana.
O grupo islamita também reafirmou hoje o seu "compromisso" com a "execução" do acordo de cessar-fogo em Gaza negociado com Israel sob a égide dos Estados Unidos, e voltou a comprometer-se a "devolver todos os corpos restantes" dos reféns.
Israel acusa o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 10 de outubro, o qual previa o retorno de todos os reféns, vivos e mortos, antes da manhã de segunda-feira.
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