"O secretário-geral da CGIL [Confederação Geral Italiana do Trabalho], Maurizio Landini, evidentemente envolto num ressentimento crescente (que eu compreendo), chamou-me 'cortesã' na televisão. Penso que todos conhecem o significado mais comum desta palavra, mas, para quem não sabe, publico a primeira definição que encontrei numa rápida pesquisa na internet", afirmou Meloni nas redes sociais.
A primeira-ministra publicou uma definição da palavra: "Mulher de virtude fácil, heterossexual; eufemismo: prostituta".
"E aqui está outro exemplo esplêndido da esquerda: aquela que durante décadas nos deu lições sobre o respeito pelas mulheres, mas que depois, para criticar uma mulher, por falta de argumentos, chama-lhe prostituta", acrescentou.
O dirigente sindical utilizou aquele termo cortesã durante uma intervenção numa estação televisiva em resposta aos comentários de Meloni sobre a convocação de uma greve geral por parte do sindicato pela paz em Gaza.
Num comício, a primeira-ministra afirmou que Landini ia parar o país com uma greve sem impacto na paz na Faixa de Gaza, acrescentando que uma paralisação só ia trazer problemas aos próprios trabalhadores, de acordo com o portal de notícias italiano Virgilio.
O sindicalista defendeu, num programa televisivo, que os trabalhadores italianos iam manifestar-se para defender a honra do país, algo que a primeira-ministra "não fez", limitando-se a "fazer de cortesã de Trump e não mexeu um dedo", de acordo com os órgãos de comunicação italianos.
O apresentador do programa advertiu Landini, convidado para comentar o orçamento de Estado para 2026, e qualificou o comentário como sexista.
No fim de semana passado, milhares de italianos saíram às ruas pelo fim do conflito em Gaza.
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