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Trump está a "falar agora" com Putin: "Conversa está em curso e é longa"

A conversa entre Donald Trump e Vladimir Putin, que "está em curso e é longa", acontece um dia antes de o presidente norte-americano receber Volodymyr Zelensky na Casa Branca.

Trump está a "falar agora" com Putin: "Conversa está em curso e é longa"

© Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa
16/10/2025 16:39 ‧ há 5 horas por Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou esta quinta-feira que está "a falar agora" com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. A conversa acontece um dia antes de o republicano receber o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Washington.

 

"Estou a falar com o presidente Putin agora. A conversa está em curso, é longa, e relatarei o conteúdo, tal como o presidente Putin, no final", adiantou Donald Trump na sua rede social, a Truth Social.

Na segunda-feira, Volodymyr Zelensky anunciou que iria deslocar-se esta semana, provavelmente sexta-feira, para Washington para se reunir com o homólogo norte-americano.

"Vou encontrar-me com o presidente Trump em Washington esta semana", disse Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa em Kyiv, ladeado pela chefe de política externa da UE, Kaja Kallas.

"Precisamos de discutir uma sequência de medidas que pretendo propor ao Presidente", acrescentou, sem adiantar mais pormenores, limitando-se a precisar que, além do encontro com Trump, terá também "outras reuniões" com responsáveis norte-americanos, mencionando, em particular, encontros com representantes de "empresas de armamento" e com membros do Congresso.

Posteriormente, Trump confirmou que deveria receber Volodymyr Zelensky na Casa Branca. O encontro desta sexta-feira será o terceiro entre Zelensky e Trump desde que este regressou à Casa Branca, em janeiro.

Antes, no domingo, Trump disse que planeava discutir a questão dos mísseis de longo alcance com Putin como forma de o pressionar a acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia.

"Eles querem ter Tomahawks nessa direção? Acho que não", disse Trump no domingo, acrescentando: "Acho que posso falar com a Rússia sobre isso".

Zelensky argumentou que tais ataques ajudariam a obrigar Putin a levar mais a sério os apelos do líder norte-americano para negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia para acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

Putin já tinha alertado contra o fornecimento de Tomahawks a Kyiv, dizendo que seria "uma nova escalada" e afetaria as relações entre Washington e Moscovo.

Com um frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas e um acordo para libertar os reféns detidos na Faixa de Gaza há mais de dois anos, o líder norte-americano declarou que agora está a focar a sua atenção na situação na Ucrânia.

O fim das guerras na Ucrânia e em Gaza foi fundamental para a campanha presidencial de Trump em 2024, na qual criticou persistentemente a gestão de conflitos do então presidente democrata, Joe Biden.

No entanto, tal como o seu antecessor, Trump também foi travado por Putin, uma vez que pressionou, sem sucesso, o líder russo a manter conversações diretas com Zelensky para pôr fim à guerra, que se aproxima do seu quarto ano.

Mas recém-saído do cessar-fogo em Gaza, Trump está a mostrar uma nova confiança de que pode finalmente avançar em direção ao fim da invasão russa.

Também está a dar sinais de que poderá aumentar a pressão sobre Putin se o chefe de Estado russo não se sentar à mesa das negociações em breve.

"Curiosamente, fizemos progressos hoje, por causa do que aconteceu no Médio Oriente", disse Trump sobre a guerra Rússia-Ucrânia na noite de quarta-feira.

No início desta semana, em Jerusalém, num discurso no parlamento israelita (Knesset), Trump previu que a trégua em Gaza lançaria as bases para os Estados Unidos ajudarem Israel e muitos dos seus vizinhos do Médio Oriente a normalizar as relações.

Mas Trump também deixou claro que a sua principal prioridade de política externa agora é acabar com o maior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

"Primeiro temos de tratar da Rússia", disse Trump, dirigindo-se ao seu enviado especial Steve Witkoff, que também serviu como principal interlocutor da administração norte-americana com Putin.

"Temos que fazer isso. Se não se importa, Steve, vamos concentrar-nos na Rússia primeiro, está bem?", questionou, dirigindo-se ao enviado especial.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

[Notícia atualizada às 16h58]

Leia Também: Entrega de mísseis Tomahawk a Kyiv tornaria conflito "a guerra de Trump"

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