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Comissão Europeia quer proteger UE por mar, terra e ar: Os 'planos'

A Comissão Europeia quer proteger a União Europeia por terra, mar, ar e espaço com "quatro iniciativas emblemáticas", como um sistema aéreo contra drones, querendo também os países coligados para colmatar lacunas e um mercado europeu de defesa.

Comissão Europeia quer proteger UE por mar, terra e ar: Os 'planos'

© Lusa

Lusa
16/10/2025 13:52 ‧ há 2 horas por Lusa

Estas são ambições expressas no roteiro para a prontidão militar da União Europeia (UE) em 2030, um plano hoje divulgado para reforçar as capacidades de defesa comunitárias, que inclui "objetivos comuns e marcos concretos" e "quatro iniciativas emblemáticas europeias"

 

Trata-se da iniciativa europeia de defesa contra drones (aeronaves pilotadas remotamente), a vigilância do flanco oriental, o escudo aéreo europeu e o escudo espacial de defesa, de acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

"As ameaças recentes mostraram que a Europa está em risco. Temos de proteger cada cidadão e cada centímetro quadrado do nosso território e a Europa deve responder com unidade, solidariedade e determinação", salientou Ursula von der Leyen em comunicado, numa alusão às recentes invasões do espaço aéreo europeu com drones da Rússia.

Na nota divulgada em Bruxelas, o executivo comunitário aponta que "estas iniciativas reforçarão a capacidade da Europa de dissuadir e defender em terra, ar, mar, ciberespaço e espaço, contribuindo diretamente para os objetivos de capacidades" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

A posição surge quando a UE prepara a criação de um 'muro contra drones' no flanco leste europeu para impedir incursões russas.

Este tema está na agenda dos líderes da UE na cimeira da próxima semana para que seja dada 'luz verde' à criação deste novo sistema de defesa área, cujo objetivo seria ter em funcionamento até final de 2027.

Em causa está um sistema de defesa aérea para detetar e reagir à entrada irregular destas aeronaves pilotadas remotamente, que arranca no flanco leste europeu por ter sido o mais afetado até ao momento dado estar mais próximo da Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

Este sistema pode ser alargado ao resto do espaço comunitário.

Os países da UE estão a avaliar as suas capacidades de deteção pois até agora os sistemas de defesa aérea estavam direcionados para detetar caças e mísseis e têm de ser equipados com radares, lasers ou sensores acústicos para identificar drones.

Também para evitar lacunas críticas, a Comissão Europeia pede, no roteiro hoje divulgado, que os países façam "coligações de capacidades", isto é, compras conjuntas em áreas como defesa aérea e antimíssil, capacidades estratégicas de apoio, mobilidade militar, sistemas de artilharia, ciberdefesa, inteligência artificial e guerra eletrónica, mísseis e munições, drones e contra drones, combate terrestre e defesa marítima.

"Atingir a prontidão total em defesa significa garantir que as forças armadas dos Estados-membros possam antecipar, preparar-se e responder a qualquer crise, incluindo conflitos de alta intensidade", salienta o executivo comunitário.

Ao mesmo tempo, a instituição pede um "mercado europeu de equipamentos de defesa simplificado e integrado" e "uma indústria de defesa europeia capaz de fornecer as capacidades necessárias aos Estados-membros com a escala e velocidade exigidas".

O roteiro define igualmente planos para estabelecer, até 2027, uma área de mobilidade militar à escala da UE.

A UE prevê a alocação de 800 mil milhões de euros ao setor da defesa nos próximos anos, montante que inclui um pacote de 150 mil milhões de euros para projetos comuns de empréstimos (com quase seis mil milhões previstos para Portugal) e 650 mil milhões de euros estimados em gastos nacionais que não contam para os tetos das apertadas regras orçamentais comunitárias.

Os países da NATO estabeleceram como meta alocar 3,5% do seu PIB em despesas tradicionais com equipamentos de defesa e 1,5% do PIB em investimento no setor até 2035.

Leia Também: Ucrânia? "Agora é o momento de pôr fim a esta guerra trágica"

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