Um buraco numa calçada em Chicago, nos Estados Unidos, tornou-se famoso, quando em novembro passado, o comediante Winslow Dumaine partilhou uma fotografia do local afirmando que se tratava do 'Buraco do Rato'.
Depois disso, muitos foram os que se deslocaram para ver de perto o buraco, com muitas pessoas a deixar moedas ou diversos objetos como se de um local de tributo se tratasse.
Porém, sabe-se agora, que, afinal, pode não ser nada daquilo que se imaginava.
Depois de se popularizarem, as imagens do buraco chegaram até ao professor Michael Granatosky, da Universidade do Tennessee, em Knoxville, que admitiu também ter achado evidente que se trataria de um rato.
Porém, um olhar mais atento, fê-lo perceber que apenas a ciência poderia realmente provar o que estava ali. O resultado do seu estudo foi publicado esta quarta-feira, dia 15 de outubro, no Biology Letters.
O especialista afirma que aquilo que começou por desencadear o seu interesse foi o facto de ter percebido que em redor do buraco não havia sinais das patinhas do roedor. Isso levou-o a questionar a verdadeira identidade do responsável por aquele buraco na calçada.
Edwin Dickinson, coautor do estudo e arqueólogo da Universidade de Calgary, juntou-se ao projeto por também ele considerar ser improvável que um rato pudesse ter feito tal marca em cimento húmido sem deixar pegadas ao redor.
Assim, através da aplicação iNaturalist, que enumera a fauna local, os autores do estudo identificaram possíveis animais responsáveis pelo buraco, sendo que sabiam que a marca precisava de ser feita por um animal quadrúpede, com patas de cinco garras e uma cauda.
Do estudo, concluiu-se que o mais provável é o buraco ter sido feito por um esquilo cinzento oriental, dada a abundância dessa criatura na área de Chicago. A sustentar esta teoria está o facto de o cimento ser colocado durante o dia e os ratos serem animais mais noturnos.
Por não haver rastos, sugere-se também que terá sido um esquilo calculou mal um salto ou escorregou de um galho e aterrou no cimento molhado.
Assim, os investigadores sugerem que o espaço passe a ser apelidado de Buraco do Esquilo, dado que esta designação vai mais de encontro aos factos científicos.
Leia Também: Investigado vídeo de alegados terroristas em mesquita de Moçambique
