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Venezuela vê com "extremo alarme" alegadas operações da CIA no país

O Governo da Venezuela disse que vê com "extremo alarme" a eventual realização no país de operações da CIA, a agência civil de inteligência estrangeira dos Estados Unidos.

Venezuela vê com "extremo alarme" alegadas operações da CIA no país

© Lusa

Lusa
16/10/2025 02:15 ‧ há 10 horas por Lusa

Num comunicado divulgado na quarta-feira, as autoridades de Caracas acusaram Washington de dar início a manobras que procuram "legitimar uma operação de mudança de regime" na Venezuela.

 

"Vemos com extremo alarme o uso da CIA, bem como as anunciadas deslocações militares para as Caraíbas, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela", afirmou o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

Por isso, a Venezuela anunciou que vai apresentar hoje uma queixa ao Conselho de Segurança e ao secretário-Geral da ONU, o português António Guterres, exigindo "prestação de contas" do Governo dos Estados Unidos e a "adoção de medidas urgentes para impedir uma escalada militar nas Caraíbas".

"A comunidade internacional deve compreender que a impunidade destes atos terá consequências políticas perigosas que devem ser imediatamente travadas", alertou Caracas.

Também na quarta-feira, Maduro declarou que a América Latina rejeita a CIA, denunciando o alegado envolvimento da agência em golpes de Estado na região.

"Não aos golpes de Estado da CIA (...). Até quando haverá golpes de Estado da CIA? A América Latina não os quer, não precisa deles e repudia-os", afirmou Maduro, num discurso transmitido pela emissora estatal Venezolana de Televisión (VTV).

"Não à guerra nas Caraíbas (...). Não à mudança de regime, que tanto nos recorda as guerras eternas falhadas no Afeganistão, no Irão, no Iraque", acrescentou o chefe de Estado.

Golpes "que nos fazem lembrar os 30 mil desaparecidos causados pela CIA durante os golpes de Estado na Argentina. O golpe de Estado de Pinochet e os cinco mil jovens assassinados e desaparecidos", acrescentou Maduro.

Horas antes, o jornal norte-americano New York Times tinha avançado que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou operações da CIA na Venezuela contra o Governo, incluindo para "neutralizar" Nicolás Maduro.

Confrontado com a notícia por jornalistas na Sala Oval da Casa Branca, Trump não negou.

"Essa é uma pergunta ridícula para me fazer. Não é propriamente uma pergunta ridícula, mas não seria ridículo da minha parte respondê-la?", disse o republicano.

Na mesma ocasião, Trump afirmou que considera ataques terrestres de forças norte-americanas em território venezuelano, contra traficantes de droga.

"Não quero dizer mais nada, mas estamos agora a considerar ataques terrestres", afirmou o Presidente, em resposta à questão de um jornalista sobre a extensão das operações militares, que afirma visarem cartéis de tráfico de droga.

Washington acusa Maduro de liderar uma rede de narcotráfico e recentemente aumentou para 50 milhões de dólares a recompensa pela sua captura. Maduro negou qualquer ligação com o tráfico de droga.

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