Trump classificou o seu plano de segurança como incrível, garantindo que está "apenas no início", e sugeriu que a próxima cidade onde as forças federais e a Guarda Nacional poderiam chegar é São Francisco.
A sugestão do republicano foi feita durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, na qual o diretor do FBI (polícia federal), Kash Patel, forneceu detalhes sobre os envios para outras cidades, como Washington, D.C., e Chicago.
"Iremos para outras cidades que não estamos a mencionar de propósito", apontou Trump.
Desde agosto, Trump enviou forças federais, como agentes da Patrulha da Fronteira e da Guarda Nacional, para várias cidades sob o pretexto de elevados índices de criminalidade e deu prioridade à detenção de migrantes indocumentados.
O plano de Trump tem-se centrado em Chicago desde 06 de setembro, com a Operação Midway Biltz, liderada pela Patrulha da Fronteira, como parte de uma campanha para deportar migrantes em grande número.
A iniciativa resultou na detenção de mais de 1.500 pessoas, revelou na segunda-feira o Departamento de Segurança Interna (DHS).
Já uma juíza federal prorrogou hoje uma ordem temporária que impede a administração Trump de enviar a Guarda Nacional para Portland.
Karin Immergut prorrogou a ordem por catorze dias, alegando a necessidade de dar tempo ao tribunal e aos juízes de recurso para analisarem o caso.
Um painel de três juízes de um tribunal de recurso está atualmente a considerar se permite ao Governo enviar a Guarda Nacional para responder aos protestos contra as rusgas policiais contra a imigração em Portland, localizada no Estado do Oregon, no noroeste do país.
A administração Trump insiste que Portland está atolada em violência devido aos protestos em frente às instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) e ameaça enviar mais agentes federais para a controlar.
O Pentágono mantém 200 soldados da Guarda Nacional do Oregon em serviço ativo, mas não foram mobilizados devido a uma ordem judicial emitida por Immergut, nomeada por Trump.
Entretanto, as autoridades do Oregon e de Portland insistem que os protestos estão controlados.
Além disso, a cidade declarou no seu 'site' que a coordenação com a Casa Branca "está a tornar-se mais difícil" devido a ordens que contradizem os seus valores e a lei.
O procurador-geral do Oregon, Dan Rayfield, declarou nas redes sociais que o Departamento de Justiça do Oregon continuará a lutar para defender as leis e a Constituição do Estado, antes da audiência de 29 de outubro para determinar se o envio de tropas pode ocorrer.
Trump chegou a ameaçar usar a antiga Lei da Insurreição, que remonta ao século XIX e permite ao poder executivo, entre outras coisas, reprimir protestos e tumultos.
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