Este anúncio surgiu quando Kyiv alertou que vai precisar de mais de 100 mil milhões em 2026, no esforço de guerra contra a Rússia.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, disse que Berlim vai adquirir cerca de 500 milhões de euros em armas norte-americanas para a Ucrânia, no âmbito de um novo programa da NATO destinado a acelerar o fornecimento de equipamento militar.
Estónia, Finlândia, Lituânia e Suécia também vão participar nesta iniciativa de financiamento.
Pistorius acrescentou que o pacote "responde a necessidades urgentes da Ucrânia" e inclui sistemas de defesa aérea Patriot, radares, artilharia guiada de precisão, foguetes e munições.
A Alemanha comprometeu-se ainda a fornecer dois sistemas Iris-T adicionais, "com um grande número de mísseis guiados", além de armamento antitanque, dispositivos de comunicação e armas portáteis.
O novo programa de financiamento - conhecido como Lista de Requisitos Priorizados da Ucrânia (PURL) - foi criado para garantir entregas regulares de armamento ao exército ucraniano.
"Decidimos aderir à PURL porque consideramos crucial que a Ucrânia receba as armas essenciais dos Estados Unidos", disse o ministro da Defesa finlandês, Antti Hakkanen.
O homólogo sueco, Pal Jonson, sublinhou que "a Suécia está pronta para fazer mais" e destacou o papel de coordenação entre os países nórdicos e bálticos.
A promessa alemã foi feita no final duma reunião dos ministros da Defesa da NATO em Bruxelas, na qual o Governo ucraniano alertou para a necessidade de apoio adicional.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Denys Shmyhal, estimou em quase 120 mil milhões de euros as necessidades de defesa do país em 2026, apelando aos parceiros internacionais para que financiem metade desse valor.
"A Ucrânia vai cobrir 60 mil milhões com recursos nacionais. Pedimos aos nossos parceiros que contribuam com o restante", afirmou Shmyhal, defendendo que os aliados destinem "pelo menos 0,25% do seu PIB ao apoio militar".
O ministro ucraniano insistiu que os sistemas de defesa aérea são prioritários, e lembrou que, só no último mês, a Rússia "lançou mais de 5.600 drones e 180 mísseis contra infraestruturas civis e populações".
Os pedidos de Kyiv coincidem com um recuo do apoio ocidental.
De acordo com o Instituto Kiel, que monitoriza a ajuda internacional à Ucrânia, as contribuições militares estrangeiras caíram 43% em julho e agosto face ao primeiro semestre do ano.
Hoje, ainda, o secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, instou os aliados a transformar promessas em poder militar real.
"O que importa é o poder duro. É a única linguagem que os beligerantes compreendem", disse Hegseth.
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