Afinal, Israel não vai reabrir passagem de Rafah para a entrada de ajuda

Afinal,  Israel não vai reabrir a passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, como foi esta manhã noticiado.

Um oficial israelita informou, segundo a Sky News, que os preparativos para a abertura deste caminho estão em andamento, mas apenas para a entrada e saída de habitantes de Gaza e não para a entrada de ajuda humanitária. 

Recorde-se que esta manhã noticiava-se que, com a reabertura, 600 camiões de ajuda humanitária seriam encaminhados para a Faixa de Gaza pela ONU, organizações internacionais autorizadas, setor privado e países doadores.

Porém, o facto de ainda não terem sido entregues os corpos de todos os reféns mortos podes estar a condicionar esta reabertura. 

Polémica com corpos de reféns

Desde segunda-feira que o Hamas devolveu oito corpos de reféns israelitas, como parte do acordo de cessar-fogo. 

A promessa era que fossem entregues 28 corpos, contudo vinte corpos de reféns permanecem no enclave, nas mãos de milícias palestinianas, uma questão que tem prejudicado o acordo com Israel, que pondera restringir a entrada de ajuda humanitária em Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, até que o grupo islâmico entregue todos os corpos.

A somar a isto, esta manhã, Israel afirmou, também, que um dos oito corpos entregues não pertence a um refém israelita mas sim a um habitante de Gaza.

Israel volta a abrir fogo em Gaza

Esta informação surge depois de se saber também que Israel voltou a abrir fogo, esta quarta-feira, em vários locais no norte da Faixa de Gaza e na cidade de Rafah, a sul, atingindo tendas de refugiados em Mawasi.

Para já, não há relato de vítimas mortais ou pessoas feridas devido ao sucedido.

 Cessar-fogo em vigor (mas pouco)
 
Um cessar-fogo, em vigor desde sexta-feira, foi acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, patrocinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Qatar, Turquia e Arábia Saudita.

Ao abrigo do entendimento, 20 reféns vivos foram entregues pelo Hamas a Israel na segunda-feira, mas apenas quatro corpos dos 28 que se presumem mortos tinham sido devolvidos.

Em troca dos reféns entregues pelo Hamas, 1.968 prisioneiros palestinianos foram também libertados, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1.700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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