Alex Jones foi condenado pela sua descrição do tiroteio na Escola Primária Sandy Hook em 2012 como uma farsa encenada por atores em crise.
O apresentador do podcast Infowars argumentou que um juiz errou ao considerá-lo responsável por difamação e inflição de sofrimento emocional sem realizar um julgamento sobre o mérito das alegações apresentadas por familiares das vítimas do tiroteio, que matou 20 alunos da primeira classe e seis educadores em Newtown, Connecticut.
Um advogado que representa as famílias de Sandy Hook disse que o Supremo Tribunal rejeitou corretamente a "última tentativa desesperada de Jones de evitar a responsabilização pelos danos que causou".
"Estamos ansiosos por fazer cumprir o veredicto histórico do júri e fazer com que Jones e a Infowars paguem pelo que fizeram", destacou o advogado Christopher Mattei, em comunicado.
Um advogado que representa Jones no caso não respondeu imediatamente a um e-mail a solicitar comentários, noticiou a agência Associated Press (AP).
Durante o seu programa diário, Jones disse que os seus advogados acreditavam que o seu caso era "simples e direto", enquanto o 'podcaster' tinha previsto que o tribunal superior não aceitaria o seu recurso.
"Eu digo que não, eles não o farão por questões políticas", apontou Jones.
Jones ironizou a ideia de ter dinheiro suficiente para pagar a sentença, dizendo que o seu equipamento de estúdio, incluindo câmaras com cinco anos, valia apenas cerca de 304 mil dólares (261 mil euros).
Jones apresentou um pedido de falência no final de 2022, e os seus advogados disseram aos juízes que os "autores não têm esperança de receber" a totalidade da sentença.
O teórico da conspiração recorre separadamente de uma sentença de 49 milhões de dólares (42 milhões de euros) num processo semelhante por difamação no Texas, após não ter entregado os documentos solicitados pelos pais de outra vítima de Sandy Hook.
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