"Estamos a trabalhar numa ideia com organizações internacionais para, a partir da Venezuela e de outros países, ajudar Gaza, acompanhar o povo com brigadas internacionalistas de paz, onde vão construtores, onde vão agricultores para produzir e onde vão médicos e pessoal de saúde para acompanhar a reconstrução", disse.
O anúncio foi feito durante a emissão número 94 do programa radiofónico e televisivo "Com Maduro+".
"Que esta causa sagrada da humanidade nunca mais seja abandonada, até que se alcance o grande objetivo do renascimento da Palestina", frisou.
Nicolás Maduro explicou que o direito internacional, desde a resolução 242 de 1967, obriga a restituição de territórios e o estabelecimento da autoridade palestiniana, com a sua capital em Jerusalém Oriental.
Por outro lado, apelou à opinião pública mundial para que se mantenha mobilizada, por ser esta a única forma de avançar para um "verdadeiro acordo de paz integral, que proteja os direitos do povo palestino".
Maduro sublinhou a necessidade de que haja justiça após o genocídio ocorrido, frisando que "para que haja paz, tem de haver justiça".
Por outro lado, manifestou confiante que vários países garantam os próximos passos para "a reconstrução de Gaza, a garantia da Cisjordânia e o reconhecimento do Estado palestino pelas Nações Unidas".
Israel e o Hamas anunciaram na noite de 08 de outubro um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, a primeira fase de um plano de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.
Esta fase da trégua envolveu a retirada parcial do Exército israelita para a denominada "linha amarela" demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e a Faixa de Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.968 prisioneiros palestinianos.
O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas a Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 sequestradas.
A retaliação de Israel fez pelo menos 67.913 mortos e de 170.134 feridos, na maioria civis, segundo números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
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