Num comunicado divulgado pela agência Sanad, ligada ao Hamas, afirma-se que estes clãs e tribos palestinianos, reunidos hoje, apoiaram as ações destinadas a "dissuadir os agressores e pôr fim ao caos de forma rápida e decisiva". E afirmaram o seu repúdio à violência destes "grupos rebeldes" que, segundo dizem, se aproveitam da situação e agravam o sofrimento do povo da Faixa de Gaza.
Por isso, pediram às "fações islâmicas e nacionais que unam forças, unifiquem energias, criem um clima apropriado e aproveitem todos os recursos disponíveis para apoiar os planos das autoridades competentes para controlar a situação e pôr fim ao caos".
Além disso, indicaram que não protegerão aqueles que estiverem envolvidos em ameaçar a segurança da comunidade e a "paz civil" e pediram a todos os clãs e famílias que entreguem às autoridades os que assim o façam.
Segundo indicou Sanad Ismail Al Thawabta, diretor do gabinete de informação do Governo de Gaza, nas mãos do Hamas, mais de 70 membros desses grupos entregaram-se, juntamente com as suas armas, "como parte da iniciativa de amnistia geral".
E a Força Radea, parte da Polícia do Hamas no enclave, indicou num comunicado que continua com a sua campanha na Faixa de Gaza para garantir a segurança e na sua capital para "deter as pessoas implicadas em tiroteios, assassinatos de deslocados e ataques a civis".
Esta força assegura que leva à justiça todos os detidos e indica que "está decidida a impor a ordem, erradicar as gangues e milícias", e que "lidará com mão de ferro com qualquer pessoa que ameace a segurança interna".
A reação das famílias de Gaza surge depois de terem circulado nas redes sociais vários vídeos, um deles publicado por um porta-voz do exército israelita, que mostram a execução de várias pessoas amarradas e com os olhos vendados, e colocadas em fila, por homens armados, na presença de dezenas de pessoas.
Estas execuções, que segundo fontes locais ocorreram na Cidade de Gaza, acontecem no início do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que levou à retirada das tropas israelitas de metade do território, e no contexto dos confrontos entre as forças policiais do Hamas e as milícias locais que acusam de colaborarem com Israel.
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