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Netanyahu espera notícias "nas próximas horas" sobre reféns mortos

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que espera um desenvolvimento positivo "nas próximas horas" em relação à devolução dos corpos dos 24 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza.

Netanyahu espera notícias "nas próximas horas" sobre reféns mortos

© Lusa

Lusa
14/10/2025 20:07 ‧ há 7 horas por Lusa

"Acredito que (...) receberemos notícias em breve, espero que nas próximas horas, sobre a devolução de outros reféns", declarou o chefe do Governo israelita num vídeo divulgado pelo seu gabinete, no qual reafirma a determinação de "trazer todos de volta".

 

Benjamin Netanyahu deslocou-se hoje, com a sua mulher, ao Hospital Beilinson, onde visitou reféns libertados na segunda-feira pelo grupo islamita palestiniano Hamas, no âmbito do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Ao abrigo do entendimento, 20 reféns vivos foram entregues pelo Hamas a Israel, mas apenas quatro corpos dos 28 que se presumem mortos foram devolvidos.

O atraso na devolução dos corpos foi considerado na segunda-feira uma "violação dos compromissos", segundo o ministro da Defesa de Israel, que pondera restringir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza até que a totalidade dos reféns seja entregue.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu hoje a entrega dos corpos dos reféns restantes no enclave palestiniano, ao mesmo tempo que avisou que o trabalho relacionado com o cessar-fogo no enclave palestiniano não terminou.

"Foi retirado um grande fardo, mas o trabalho não terminou", declarou Trump numa mensagem na rede Truth Social, adicionando, em maiúsculas: "Os mortos não foram entregues conforme prometido".

O Presidente dos Estados Unidos foi o principal impulsionador do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que foi negociado ao longo de vários dias em Sharm el-Sheikh, no Egito, com a mediação de delegações egípcias, qataris e turcas.

Nesta fase, foi acordado o cessar-fogo, a retirada gradual das forças israelitas, a entrada em massa de ajuda humanitária no enclave palestiniano e a troca de reféns por prisioneiros

Em troca dos reféns entregues pelo Hamas, 1.968 prisioneiros palestinianos foram também libertados, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1.700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

Quando mais de duas dezenas de corpos continuam por recuperar na Faixa de Gaza, o Fórum das Famílias dos Reféns escreveu ao enviado da Casa Branca, Steve Witkoff, a exigir que o grupo islamita palestiniano cumpra a sua parte.

Numa "carta urgente" divulgada hoje pelo fórum, que representa a maioria dos familiares das pessoas em cativeiro ao longo dos últimos dois anos, a organização pediu a Witkoff que "faça todos os possíveis e não deixe pedra sobre pedra para exigir que o Hamas cumpra a parte do acordo e traga todos os reféns restantes para casa".

Fonte da segurança do Egito indicou hoje sob anonimato à agência espanhola EFE que o Hamas reafirmou o seu compromisso de devolver os corpos dos reféns, depois de Israel ter avisado que não haveria progressos nas negociações até que todos fossem devolvidos.

A mesma fonte relatou que "os líderes israelitas consideram esta questão essencial e urgente" e sublinhou que a devolução dos corpos é uma pré-condição para qualquer entendimento posterior sobre as fases avançadas do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A segunda fase do acordo, cujas negociações o líder norte-americano disse já terem começado, vai abordar a reconstrução do enclave, bem como o desarmamento do Hamas e a governação da Faixa de Gaza.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Famílias dos reféns escrevem a Witkoff exigindo que Hamas cumpra acordo

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