A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, pediu ao Conselho de ministros que observasse um minuto de silêncio em memória dos três 'carabineiri' [polícia militarizada], tendo decretado dois dias de luto, hoje e no dia do funeral de Marco Piffari, Davide Bernardello e Valerio Daprà, os três agentes mortos, de acordo com fontes governamentais.
Os três agentes morreram esta madrugada, e vários elementos das forças de segurança ficaram feridos, quando se verificou uma grande explosão numa quinta em Castel d'Azzano que procuravam desocupar, provocada por uma botija de gás.
O comandante dos 'carabineiri' da província de Verona explicou que, ao entrarem na casa da quinta ocupada por três irmãos agricultores e criadores de gado, que já tinham ameaçado explodir o local numa anterior tentativa de despejo, deu-se a explosão, que, além das três vítimas mortais, causou 15 feridos, entre agentes policiais e bombeiros.
O mesmo responsável indicou que se tratava de "um edifício abandonado há vários meses, cujos ocupantes se tinham barricado no interior". Tudo aponta para que se tenha tratado de "um ato intencional cometido durante a entrada dos militares", disse.
Os três irmãos - dois homens e uma mulher na casa dos 60 anos - foram detidos, um dos quais quando tentava fugir, anunciaram as autoridades.
3 carabinieri morti e una decina tra militari e agenti di polizia feriti: questo il bilancio dell’esplosione di un casolare a Castel D’Azzano, in provincia di #Verona.
— Tg1 (@Tg1Rai) October 14, 2025
Le forze dell’ordine erano intervenute per sgomberare l’abitazione… pic.twitter.com/8ze7RMvsxP
A ação de despejo, que teve lugar esta madrugada em Castel d'Azzano, foi planeada ao longo de vários dias, tendo sido destacados agentes das forças especiais e de operações antiterroristas, assim como bombeiros, precisamente face à ameaça dos irmãos de fazerem explodir o edifício de dois andares.
Em buscas realizadas já depois da explosão, foram encontradas cinco botijas de gás que tinham sido colocadas em diferentes locais da casa, assim como diversos "cocktails molotov".
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e a chefe de Governo foram dos primeiros a reagir, enviando mensagens de pesar e de homenagem na sequência da morte dos três agentes.
Também Meloni enviou mensagens de condolências às famílias das vítimas, sublinhando que este "dramático acontecimento faz lembrar mais uma vez o valor e o sacrifício diário daqueles que servem o Estado e os cidadãos".
O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, cujo ministério é responsável pelos 'carabinieri', e o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, também se juntaram às figuras políticas que já lamentaram a morte dos agentes da polícia.
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