O comandante dos carabineiros (corpo de gendarmes) da província de Verona explicou que, ao entrarem na casa da quinta que era ocupada por três irmãos agricultores e criadores de gado, verificou-se a explosão, provocada por uma botija de gás, que provocou três mortos e 15 feridos, entre agentes policiais e dos bombeiros.
O mesmo responsável indicou que se tratava de "um edifício abandonado há vários meses, cujos ocupantes se tinham barricado no interior" e apontou que tudo aponta para que se tenha tratado de "um ato intencional cometido durante a entrada dos militares", uma vez que já tinham ameaçado explodir a quinta numa anterior tentativa de despejo, .
Os três irmãos -- dois homens e uma mulher na casa dos 60 anos - foram detidos, um dos quais quando tentava fugir, anunciaram as autoridades.
A ação de despejo, que teve lugar na última madrugada em Castel d'Azzano, foi planeada ao longo de vários dias e mobilizou agentes das forças especiais e de operações antiterroristas, assim como bombeiros, precisamente face à ameaça.
Em buscas realizadas já depois da explosão, foram encontradas cinco botijas de gás que tinham sido colocadas em diferentes locais da casa, assim como diversos cocktails molotov.
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni, já transmitiram mensagens de pesar e de homenagem na sequência da morte dos três agentes, Marco Piffari, Davide Bernardello e Valerio Dapra.
"Nestas circunstâncias dramáticas, expresso a minha solidariedade com o Corpo dos Carabineiros e os meus sentimentos de condolências aos familiares, juntamente com o desejo de uma rápida recuperação aos agentes feridos", declarou o chefe de Estado.
Também Meloni enviou mensagens de condolências para as famílias das vítimas e disse estar a "acompanhar com participação e tristeza o desenrolar deste dramático acontecimento, que faz lembrar mais uma vez o valor e o sacrifício diário daqueles que servem o Estado e os seus cidadãos".
O ministro da Defesa, Guido Crosetto, cujo ministério é responsável pelos 'Carabinieri', e o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, também se juntaram às figuras políticas que lamentaram a morte dos agentes da polícia.
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